REGIMENTO INTERNO DAS IGREJAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS MINISTÉRIO EVANGELÍSTICO IDE

ADMEI

 

 

 

 

Pastor Presidente Fundador

Fábio Gardioli de Carvalho

Doutor em Teologia e Psicanalista Clínico

 

 

 

 

Penha/SC.

                                                24 de junho de 2010

Introdução

Amados e fraternos irmão em Cristo Jesus, visando à harmonia entre os irmãos, e a preservação da palavra de Nosso Deus e vendo o crescimento da igreja, sentimos a necessidade da confecção deste trabalho que muito auxiliará no desenvolvimento da administração deste ministério que visa à pregação da palavra de nosso Deus, evidenciando aquele que realmente é digno de todo o louvor, honra e glória e que esta acima de todos os nomes. Pedimos a todos que leiam com atenção e não critiquem pedindo em caso de dúvidas orientação a nosso Deus, pois cada palavra deste regimento se baseia nas sagradas escrituras com citações e referencias bíblicas, tentando esclarecer sobre situações que tem dispersado amados irmãos e aprisionado outros em doutrinas impostas por homens sem o conhecimento real e pratico da palavra que nos liberta dando-nos um universo e pensamento crítico com a finalidade de auxiliar na preparação desta igreja que quer morar com o nosso Pai em sua Glória em um novo céu em uma nova terra, incontaminada com as coisas deste mundo que jaz no maligno.

"E VI um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe." (Apocalipse 21: 1)

 

"Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam."  (I Coríntios 2 : 9)

Desta forma devido à proliferação de falsos ensinamentos por homens que dizem ter sido revelado a alguns por anjos (Anjo Moroni) provocando um distanciamento do homem ao Criador, onde o Pai nos mostra seu amor incondicional pela humanidade declaração citado em vários versículos por isso podemos afirmar sobre a libertação através do filho dos julgos de condenação imposto a igreja com fardos pesados e também a escravidão ao serviço da palavra que deve ser feito com o mesmo amor que nosso pai transmite a todos, espero que seja de grande valia este documento e agradeço a pastores não citados, mas reconhecidos que nos ajudaram através de livros e da internet na confecção deste material que será de grande valia para o reino de nosso Senhor até o seu regresso para buscar sua noiva a igreja que deve ser sabia e estar pronta e apta a defender se necessário for com a vida a palavra anunciada através da Bíblia, inspirada pelo Espírito Santo de Deus. E que o amor de nosso Pai esteja convosco até a consumação dos séculos finitos.

"Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor." (I João 4: 8)

 

"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres." (João 8: 36)

 

"Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;" (II Timóteo 3: 16)

 

"Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema." (Gálatas 1: 8)

 

                                                                                                                                        Pastor Fábio Gardioli

INDICE

A igreja................................................................................................................4

Hierarquia na igreja.............................................................................................5

Lideranças e funções..........................................................................................6

Respeito pelas autoridades.................................................................................7

A santíssima trindade..........................................................................................8

A trindade e a doutrina da salvação...................................................................10

O que é salvação?Qual é a doutrina cristã da salvação......................................13

Não cremos na reencarnação, mas na ressurreição dos mortos........................14

A liberdade quanto à alimentação.......................................................................16

Os pastores e seus deveres.................................................................................17

Propagando a fé..................................................................................................18

Qualificações Moraes do pastor..........................................................................19

O batismo nas águas é necessário para a salvação.............................................21

O batismo no espírito santo.................................................................................22

O falar em línguas................................................................................................24

Provas do genuíno batismo no espírito santo......................................................25

Dons espirituais para os crentes..........................................................................27

O culto de domingo..............................................................................................30

Usos e costumes na igreja....................................................................................35

Falsos mestres.......................................................................................................41

O arrebatamento da igreja......................................................................................43

A cura divina...........................................................................................................45

Forças malignas......................................................................................................47

Dízimos e ofertas.....................................................................................................48

A administração do dinheiro....................................................................................49

A Igreja

"Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”(Mt 16.18)

    A palavra grega ekklesia (igreja), literalmente, refere-se à reunião de um povo, por convocação (gr. ekkaleo). No NT, o termo designa principalmente o conjunto do povo de Deus em Cristo, que se reúne como cidadãos do reino de Deus (Ef 2.19), com o propósito de adorar a Deus. A palavra “igreja”pode referir-se a uma igreja local (Mt 18.17; At 15.4) ou à igreja no sentido universal (16.18; At 20.28; Ef 2.21, 22).

(1) A igreja é apresentada como o povo de Deus (1Co 1.2; 10.32; 1Pe 2.4-10), o agrupamento dos crentes redimidos como fruto da morte de Cristo (1Pe .18,19). É um povo peregrino que já não pertence a esta terra (Hb 13.12-14), cujo primeiro dever é viver e cultivar uma comunhão real e pessoal com Deus (1Pe 2.5; ver Hb 11.6 nota).

(2) A igreja foi chamada para deixar o mundo e ingressar no reino de Deus. A separação do mundo é parte inerente da natureza da igreja e a recompensa disso é ter o Senhor por Deus e Pai (2Co 6.16-18).

(3) A igreja é o templo de Deus e do Espírito Santo (1Co 3.16; 2Co 6.14-7.1; Ef 2.11-22; 1Pe 2.4-10). Este fato, no tocante à igreja, requer dela separação da iniqüidade e da imoralidade.

(4) A igreja é o corpo de Cristo (1Co 6.15,16; 10.16,17; 12.12-27). Isto indica que não pode existir igreja verdadeira sem união vital dos seus membros com Cristo. A cabeça do corpo é Cristo (Cl 1.18; Ef 1.22; 4.15; 5.23).

(5) A igreja é a noiva de Cristo (2Co 11.2; Ef 5.23-27; Ap 19.7-9). Este conceito nupcial enfatiza tanto a lealdade, devoção e fidelidade da igreja a Cristo, quanto o amor de Cristo à sua igreja e sua comunhão com ela.

(6) A igreja é uma comunhão (gr. koinonia) espiritual (2Co 13.14; Fp 2.1). Isto inclui a habitação nela do Espírito Santo (Lc 11.13; Jo 7.37-39; 20.22), a unidade do Espírito (Ef 4.4) e o batismo com o Espírito (At 1.5; 2.4; 8.14-17; 10.44; 19.1-7). Esta comunhão deve ser uma demonstração visível do mútuo amor e cuidado entre os irmãos (Jo 13.34,35).

(7) A igreja é um ministério (gr. diakonia) espiritual. Ela ministra por meio de dons (gr. charismata) outorgados pelo Espírito Santo (Rm 12.6; 1Co 1.7; 12.4-11, 20-31; Ef 4.11).

(8) A igreja é um exército engajado num conflito espiritual, batalhando com a espada e o poder do Espírito (Ef 6.17). Seu combate é espiritual, contra Satanás e o pecado. O Espírito que está na igreja e a enche, é qual guerreiro manejando a Palavra viva de Deus, libertando as pessoas do domínio de Satanás e anulando todos os poderes das trevas (At 26.18; Hb 4.12; Ap 1.16; 2.16; 19.15, 21).

(9) A igreja é a coluna e o fundamento da verdade (1Tm 3.15), funcionando, assim, como o alicerce que sustenta uma construção.

    A igreja deve sustentar a verdade e conservá-la íntegra, defendendo-a contra os deturpadores e os falsos mestres (Fp 1.17; Jd 3).

(10) A igreja é um povo possuidor de uma esperança futura. Esta esperança tem por centro a volta de Cristo para buscar o seu povo (Jo 14.3; 1Tm 6.14; 2Tm 4.8; Tt 2.13; Hb 9.28).

(11) A igreja é tanto invisível como visível. (a) A igreja invisível é o conjunto dos crentes verdadeiros, unidos por sua fé viva em Cristo. (b) A igreja visível consiste de congregações locais, compostas de crentes vencedores e fiéis (Ap 22.11, 17, 26), bem como de crentes professos, porém falsos (Ap 2.2); “caídos”(Ap 2.5); espiritualmente "mortos”(Ap 3.1); e “mornos”(Ap 3.16; Mt 13.24; At 12.5).

Hierarquia na Igreja

 

               

PASTOR

             

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EVANGELISTA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PRESBÍTERO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MISSIONÁRIO

 

 

 

 

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DIÁCONO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

COOPERADOR

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MEMBRO

 

 

 

 


 

 

 

 

Liderança e Funções

PASTOR:
Homem ungido por Deus para apascentar o rebanho (Igreja).

EVANGELISTA:
Homem, conforme o próprio nome indica responsável pela evangelização do campo ou área afeta à Igreja local. Tem atribuição básica de divulgar a mensagem. Sua função é parte do Ministério da Igreja. Tem voto como Pastor

PRESBÍTERO: 
É o auxiliar direto do Pastor, em alguns casos. Na falta do Pastor, o Presbítero pode assumir a direção da Igreja local (congregação). Mediante autorização do Pastor-Presidente, pode exercer funções Pastorais como pregar e realizar batismos e ceias. Em geral, realizam estes trabalhos em Congregações sempre com a Mediante autorização do Pastor-Presidente.

MISSIONÁRIO(A): :
Enviado/Comissionado por uma Igreja local para evangelizar em outro local ou podem ser responsáveis e assumir o trabalho de igrejas locais  (Interior do Estado, do País ou no Exterior).

DIRIGENTE: 
Pastor, Evangelista ou Presbítero com a responsabilidade de dirigir uma Igreja ou Congregação subordinada à Liderança da Igreja sede.

DIÁCONO(IZA): 
Tem funções operacionais, cuidando da parte material da Igreja e de serviços como o preparo e a distribuição da Ceia do Senhor, organização, segurança e portaria, arrumação, ordem nos cultos, obras, recolhimento das ofertas e dízimos, recepção aos visitantes, ...

COOPERADOR(A): 
(Auxiliares de Trabalho) Pode ter cargos ou administrar informalmente alguma área, como louvor, visitação, secretaria, guarda das ofertas, porteiro, etc. Também auxiliam nos diversos trabalhos da Igreja como: portaria, secretaria, tesouraria, manutenção, etc.

OBREIRO(A): 
 (Veja: PRESBÍTERO, DIÁCONO, COOPERADOR).

SUPERINTENDENTE: 
Responsável pela Escola Dominical.

PROFESSOR: 
Professor de Classes de Escola Dominical (Adultos, Jovens, Adolescentes, Crianças, Discipulado, Obreiros).

COORDENADOR: 
(Veja: LÍDER).

LÍDER: 
(COORDENADOR) Dirigentes de Departamentos (Círculo de Oração, Mocidade, Adolescentes, Infantil, Evangelismo, Coral, Banda, Louvor, ...).

MEMBRO: 
(CRENTES ou IRMÃOS) Compõem o corpo da Igreja. As pessoas tornam-se membros da Igreja Espiritual pela experiência da salvação (arrependimento e aceitação de Jesus Cristo). Entretanto, tornam-se membros da Igreja local, através do batismo em água e, se vierem de outra Igreja, por Carta de Transferência ou por Aclamação.

CATECÚMENO/Congregado: 
Membro novo em vias de preparação para o Batismo nas Águas. 

Respeito pelas autoridades

    Quando Paulo lá pelos idos do ano 62 dC escreveu ao povo de Filipos, afirmando que a nossa verdadeira pátria está nos céus (Fp 3.20) não estava aconselhando ou mesmo autorizando ao povo rebelar-se contra o governo e demais autoridades. Na verdade, entende-se que para ser cidadão dos céus e preciso ser segundo o coração do Senhor Jesus, observando e praticando seus ensinamentos.

Exemplo fortíssimo de patriotismo nos é dado pelo povo judeu. A enxergamos nos reinos antigos, onde defendiam a pátria com todo vigor, inclusive se preciso dando a vida. Neste caso em especial, havia um sincronismo, o zelo pela pátria esta intrinsecamente ligado ao amor a Deus (2Sm 10.12; Sl 137.1; Is 66.10), já que reconheciam o governo de Deus (teocracia) sobre suas vidas. Governo este que era manifestado na direção de homens, primeiros os juízes e em seguida os reis. Os profetas eram elos de ligação com o Senhor, estes homens puros, santos recebiam e transmitiam a vontade do Senhor aos governantes.

Vivemos em uma nação com leis e direitos e devemos submissão àqueles que estão incumbidos de administrar este grande e abençoado país e nossa igreja, congregações e templos. Infelizmente nossa nação não é dirigida segundo a orientação do Espírito Santo e certamente não teremos governantes nesta condição, pois a nossa forma de governo não possibilita tal. Resta-nos, portanto, orarmos, jejuarmos e sermos fieis ao Mestre.

“Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades; sejam obedientes... não difamem a ninguém... sejam cordatos... para com todos os homens.” Tt 3.1,2

“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade, resistem à ordenação de Deus.” Rm 13.1,2

Paulo encontrava-se provavelmente na Ásia, havia sido liberto das prisões romanas recentemente, quando escreveu estas recomendações a Tito. Seu coração poderia estar cheio de rancores, revoltado com toda espécie de autoridade; no entanto, seu conselho é que sejam submissos, obedientes às leis.

Quando Paulo pregava que deveriam ser submissos, isto incluía todos os ângulos da vida, tais como: o agir, o falar, etc

“ A língua... com ela amaldiçoamos os homens...” Tg 3.8,9 (veja todo o capítulo 3)

Tiago a dois mil anos inspirado pelo Senhor já afirmava o que vemos hoje uma terrível realidade. A dificuldade de controlarmos a língua diante de tanta coisa errada praticadas por aqueles que estão investidos de autoridades, sejam governantes ou não. Verdadeiramente é impossível ser coniventes com esta situação sombria; no entanto jamais devemos nos sentar juntos àqueles que abrem suas bocas falar e difamar nossas autoridades.
A missão que está em nossa mão é: Orar, Clamar. Sejamos fieis e vivamos no temor do Senhor.

“ A autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto se fizeres o mal, teme... pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.” Rm 13.4

O nosso agir dever ser em retidão, observando o direito do próximo, viver em justiça. Jamais nos assemelharmos aos arruaceiros. Pois, para estes a justiça é como uma espada que fere.

Governos eclesiásticos, pastor presidente, pastores, missionários evangelistas, presbíteros, diáconos, auxiliares e demais hierarquias da igreja, as esferas dos governos municipais, estaduais e federais, polícia, judiciário.
São instituições que existem para o nosso bem. Como cidadãos do céu e vivendo na terra precisamos estar atentos às muitas leis e sermos obedientes no cumprimento das mesmas para que venhamos a viver em paz.

A Santíssima Trindade

O Pai incriado, o Filho incriado: o Espírito Santo incriado.

O Pai incomensurável, o Filho incomensurável: o Espírito Santo incomensurável.

O Pai eterno, o Filho eterno: o Espírito Santo eterno.

E, mesmo assim, não são três eternos: mas um só eterno.

A Trindade é um mistério. A aceitação reverente do que não é revelado nas Sagradas Escrituras faz-se necessário antes de se perguntar a respeito de sua natureza. A glória ilimitada de Deus deve ser uma forma de nos conscientizar com respeito à nossa insignificância em contraste com aquele que é “sublime e exaltado”.

Nosso reconhecimento dos mistérios de Deus, especialmente da Trindade, exige que abandonemos a razão? Nada disso. Na Bíblia, de fato, há muitos mistérios, mas “o cristianismo, como ‘religião revelada’, centraliza-se na revelação – e a revelação (segundo sua própria definição) torna manifesto em vez de ocultar”.

A razão se vê diante de uma pedra de tropeço quando confrontada pela natureza paradoxal da doutrina trinitariana. “Mas”, asseverou Martinho Lutero, de modo enérgico, “posto que se baseie claramente nas Escrituras, a razão precisa conservar-se em silêncio sobre o assunto; devemos tão somente crer”.

Por isso, o papel da razão é o de auxiliar, e nunca de dominar (atitude racionalista), a entender as Escrituras, especialmente no tocante à formulação da doutrina da Trindade. Não estamos, pois, tentando explicar Deus, mas, sim, considerar as evidências históricas que estabelecem a identidade de Jesus como homem e também como Deus (em virtude dos seus atos milagrosos e do seu caráter divino) e, ainda, “incorporar a verdade que Jesus tornou válida no que diz respeito ao seu relacionamento eterno com Deus Pai e com Deus Espírito Santo”.

Historicamente, a Igreja formulou a doutrina da Trindade em razão do grande debate a respeito do relacionamento entre Jesus de Nazaré e o Pai. Três Pessoas distintas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – são manifestadas nas Escrituras como Deus, ao passo que a própria Bíblia sustenta com tenacidade o Shema judaico: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4).

A conclusão, baseada nas Escrituras, é que o Deus da Bíblia é (nas palavras do Credo Atanasiano) “um só Deus na Trindade, e a Trindade na Unidade”. Isso soa irracional? Semelhante acusação contra a doutrina da Trindade pode ser, por si mesma, classificada de irracional: “Irracional é suprimir a evidência bíblica em favor da Trindade para favorecer a Unidade, ou a evidência em favor da Unidade para favorecer a Trindade”. “Nossos dados devem ter precedência sobre nossos modelos – ou melhor, nossos modelos devem refletir de modo sensível a gama inteira de dados”. Por isso, nosso olhar metodológico deve ser estar baseado na Bíblia no que diz respeito à relação tênue entre a unidade e a trindade para não polarizarmos a doutrina da Trindade num dos extremos: a supressão das evidências em favor da unidade (o que resultaria no unitarianismo, ou seja: que reconhece em Deus somente uma única pessoa) ou o abuso das evidências em favor de triunidade (o que resultaria no triteísmo – três deuses separados).

Uma análise objetiva dos dados bíblicos no tocante ao relacionamento entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, revela que essa grandiosa doutrina não é uma noção abstrata, mas, na realidade, uma verdade revelada.

A Trindade e a Doutrina da Salvação

As opiniões não-trinitarianas, tais como o modalismo [Ensino de que Deus é uma só Pessoa e se manifesta às vezes como Pai, às vezes como Filho e às vezes como Espírito Santo] e o arianismo [Ário, em 319 dC, aproximadamente, começou a ensinar que Jesus Cristo é um espírito criado por Deus antes de Ele criar o Universo e que Cristo não compartilha a essência, ou substância, de Deus, mas possui uma essência semelhante], reduzem a doutrina da salvação a uma charada divina. Todas as convicções cristãs básicas que se centralizam na obra da Cruz pressupõem a distinção pessoal dos membros da Trindade. Refletindo, podemos perguntar se é necessário crer na doutrina da Trindade para ser salvo. A resposta histórica e teológica é que a Igreja não tem usualmente exigido uma declaração explícita de fé na doutrina da Trindade para a pessoa ser batizada. Mas a Igreja certamente espera uma fé implícita no Deus Trino e Uno como aspecto essencial do nosso relacionamento pessoal com os papéis distintivos de cada uma das Pessoas da Deidade, na obra salvífica em prol da humanidade.

A doutrina da salvação (inclusive a reconciliação, a propiciação, a redenção, a justificação e a expiação) depende da cooperação dos membros distintivos do Deus Trino e Uno (Ef 1.3-14). Por isso, renunciar deliberadamente a doutrina da Trindade ameaça gravemente a nossa esperança de salvação pessoal. As Escrituras incluem todos os membros da raça humana na condenação universal do pecado (Rm 3.23), e por isso, todos “precisam da salvação; a doutrina da salvação requer um Salvador adequado, ou seja: uma cristologia adequada. Uma cristologia sadia exige um conceito satisfatório de Deus, isto é, uma teologia especial e sadia – que nos traz de volta à doutrina da Trindade”.

O conceito modalístico da natureza de Deus deixa totalmente abolida a obra mediadora entre Deus e as pessoas. A reconciliação (2Co 5.18-21) subentende deixar de lado a inimizade ou a oposição. Qual inimizade é deixada de lado? As Escrituras revelam que Deus está em inimizade contra os pecadores (Rm 5.9), e que as pessoas, nos seus pecados, também estão em inimizade contra Deus (Rm 3.10-18; 5.10).

O Deus Trino e Uno é revelado na Bíblia de modo explícito na redenção dos pecadores e na sua reconciliação com Deus. Deus “envia” o Filho ao mundo (Jo 3.16,17). À sombra do Calvário, Jesus se submete com obediência à vontade do Pai: “Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26.39). O relacionamento sujeito-objeto entre o Pai e o Filho fica claramente evidente aqui. O Filho suporta a vergonha do madeiro maldito, trazendo a paz (reconciliação) entre Deus e a humanidade (Rm 5.1; Ef 2.13-16). Enquanto a vida se esgota rapidamente do seu corpo, Jesus, no Calvário, olha para o céu, e pronuncia suas últimas palavras: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46). Se duas pessoas distintivas não forem reveladas aqui, no ato salvífico da cruz, esse evento seria uma mera charada de um único Cristo (que só poderia ser neurótico).

No Modalismo, o conceito da morte de Cristo como uma satisfação infinita está perdido. O sangue de Cristo é o sacrifício pelos nossos pecados (1Jo 2.2). A doutrina de propiciação tem a conotação de um aplacar ou evitar a ira mediante um sacrifício aceitável. Cristo é o Cordeiro sacrificial de Deus (Jo 1.29). Por causa de Cristo, a misericórdia de Deus é oferecida em vez da ira que merecemos por causa dos nossos pecados. Sugerir, porém, como faz de si mesmo a si mesmo uma oferta pelo pecado, estando Ele ao mesmo tempo irado e misericordioso, deixa parecer que Ele é caprichoso. Noutras palavras: a Cruz seria um ato sem sentido no que diz respeito ao conceito de uma oferta pelo pecado.

O apóstolo João identifica Jesus como nosso Paracleto (ajudador ou conselheiro). Temos, portanto, alguém que fala com o Pai em nossa defesa (1Jo 2.1). Agir assim pressupõe um Juiz que é diferente do próprio Jesus, antes de Ele desempenhar semelhante papel. Porque Cristo é o nosso Paracleto: “Ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1Jo 2.2). Temos, portanto, plena segurança da nossa salvação porque Cristo, nosso Ajudador, é também a nossa Oferta pelo pecado.

Jesus veio ao mundo não “para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.45). O conceito de “resgate” e de suas palavras cognatas nas Escrituras é usado com referência a um pagamento que garante a libertação dos presos. A quem Cristo pagou o resgate? Se for negada a doutrina ortodoxa da Trindade (negando-se uma distinção entre as Pessoas da Deidade, conforme o quer o Modalismo), Cristo teria de ter pago o resgate ou à raça humana ou a Satanás. Posto que a humanidade está morta em transgressões e em pecados (Ef 2.1), nenhum ser humano teria o direito de exigir que Cristo lhe pagasse resgate. Sobraria, portanto, Satanás para fazer a extorsão de Cristo, em nível cósmico. Nós, porém, nada devemos a Satanás. E a idéia de Satanás exigir resgate pela humanidade é blasfêmia, por causa das suas implicações dualistas (a idéia de que Satanás possui poder suficiente para extorquir de Cristo a própria vida deste; ver João 10.15-18).

Pelo contrário: o resgate foi pago ao Deus Trino e Uno para satisfazer as plenas reivindicações da justiça divina contra o pecador caído. Tendo o Modalismo rejeitado o trinitarianismo, a heresia modalística perverte de modo correspondente, o conceito da justificação. Embora mereçamos a justiça de Deus, somos justificados pela graça mediante a fé em Jesus Cristo somente (1Co 6.11). Tendo sido justificados (tendo sido declarados sem culpas diante de Deus) mediante a morte e ressurreição de Jesus, somos, portanto, declarados justos diante de Deus (Rm 4.5,25). Cristo declara que o Espírito é “outra” Pessoa distinta de si mesmo, porém do “mesmo tipo” (allon, Jo 14.16). O Espírito Santo emprega a obra do Filho no novo nascimento (Tt 3.5), santifica o cristão (1Co 6.11) e nos dá acesso (Ef 2.18), mediante o nosso Grande Sumo Sacerdote, Jesus Cristo (Hb 4.14-16), à presença do Pai (2Co 5.17-21).

Um Deus que muda inteiramente seus atos é contrário à revelação da natureza imutável do Todo-poderoso (Ml 3.6). Semelhante Modalismo é deficiente no que diz respeito a salvação, pois nega a alta posição sumo-sacerdotal de Jesus Cristo. 
As Escrituras declaram que Cristo é o nosso intercessor divino à destra de Deus, nosso Pai (Hb 7.23-8.2).

Fica claro que a doutrina essencial da expiação vicária, na qual Cristo carregou nossos pecados na sua morte, depende do conceito trinitariano. O Modalismo subverte o conceito bíblico da morte penal e vicária de Cristo como satisfação da justiça de Deus e, em última análise, anula a obra da Cruz.

A cristologia ariana é condenada pelas Sagradas Escrituras. O relacionamento em entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo fundamenta-se na natureza divina que compartilham entre si, e que, em última análise, é explicada em termos da Trindade. “Qualquer que nega o Filho também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho tem também o Pai” (1Jo 2.23). O reconhecimento apropriado do Filho requer a fé na sua divindade, bem como na sua humanidade. Cristo, como Deus, é suficiente para satisfazer a justiça do Pai; como homem, Ele cumpriu a responsabilidade moral da humanidade diante de Deus. Na obra da Cruz, a justiça e a graça de Deus nos são reveladas. A eterna perfeição de Deus e as imperfeições pecaminosas da humanidade são reconciliadas mediante o Deus-Homem, Jesus Cristo (Gl 3.11-13). A heresia ariana, na sua negação da plena divindade de Cristo, está sem Deus Pai (1Jo 2.23) e, portanto, sem nenhuma esperança de vida eterna.

O que é salvação? Qual é a doutrina Cristã da salvação?

Resposta: Salvação é a libertação do perigo ou sofrimento. Salvar é libertar ou proteger. A palavra carrega a idéia de vitória, saúde, ou preservação. Às vezes, a Bíblia usa palavras como salvo ou salvação para se referir à libertação temporária e física, tal como a libertação de Paulo da prisão (Filipenses 1:19).

O uso mais frequente da palavra salvação tem a ver com libertação eterna e espiritual. Quando Paulo disse ao carcereiro de Filipo o que ele precisava fazer para ser salvo, Paulo estava se referindo ao destino eterno do carcereiro (Atos 16:30-31). Jesus igualou ser salvo com entrar no reino de Deus (Mateus 19:24-25).

Somos salvos de quê? Na doutrina Cristã da salvação, somos salvos da “ira”; quer dizer, do julgamento de Deus sobre o pecado (Romanos 5:9; 1 Tessalonicenses 5:9). Nosso pecado nos separou de Deus, e a consequência do pecado é morte (Romanos 6:23). Salvação bíblica se refere à libertação da consequência do pecado e envolve, portanto, remoção do pecado.

Quem pode salvar? Só Deus pode remover pecado e nos livrar da penalidade do pecado (2 Timóteo 1:9; Tito 3:5).

Como Deus salva? Na doutrina Cristã da salvação, Deus nos resgatou através de Cristo (João 3:17). Especificamente, foi a morte de Jesus na cruz e subsequente ressurreição que alcançou nossa salvação (Romanos 5:10; Efésios 1:7). A Bíblia é clara que salvação é um gracioso dom de Deus que não merecemos (Efésios 2:5,8), e é disponível apenas através de fé em Jesus Cristo (Atos 4:12).

Como recebemos salvação? Somos salvos por fé. Primeiro, precisamos escutar o evangelho – a boa nova da morte e ressurreição de Cristo (Efésios 1:13). Então, precisamos acreditar – confiar completamente no Senhor Jesus (Romanos 1:16). Isso envolve arrependimento, uma mudança de mentalidade sobre pecado e Cristo (Atos 3:19) e invocar o nome do Senhor (Romanos 10:9-10, 13).

Uma definição da doutrina Cristã da salvação seria: “A libertação espiritual e eterna que Deus concede imediatamente a aqueles que aceitam Suas condições de arrependimento e fé no Senhor Jesus”. Salvação só em possível através de Jesus Cristo (João 14:6; Atos 4:12), e depende de Deus para a sua provisão, garantia e segurança.

Por esse motivo não acreditamos na doutrina da predestinação que diz o homem ter seu destino traçado. Cremos no livre arbítrio instituído por Deus onde o homem tem liberdade de escolher o seu destino, ou melhor, o seu caminho.

 

 

Não cremos na reencarnação, mas na ressurreição dos mortos

Subjugados por vários povos, os judeus assimilaram diversas crenças, entre elas a ressurreição dos mortos e a reencarnação. Nascido do judaísmo, o cristianismo herdou a esperança de ressurreição. Não obstante em seu meio fosse conhecido o reencarnacionismo, o Cristianismo dominante, o romano, não era adepto da crença na reencarnação. Assim sendo, “nascer de novo”, expressão que aparece nos evangelhos, de modo nenhum poderia ser reencarnação.

Os espíritas não desistem nunca de citar “nascer de novo” como defesa de sua crença em que vivemos várias vidas. Todavia, analisando bem, vemos que, posto que entre os judeus existisse a crença reencarnacionista, isso não tem apoio no cristianismo primitivo prevalente no Novo Testamento.

Não estou dizendo que os evangelhos sejam “a verdade” como afirmam os cristãos. Apenas estou falando das idéias neles contidas que, entre pontos de vista divergentes, se sobrepuseram às outras.

Não pode haver dúvida de que essa crença existia no meio judaico e apareceu em um dos evangelhos:

E passando Jesus, viu um homem cego de nascença. Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus” (João, 0: 1, 2).

Como alguém poderia pecar antes de nascer? Isso só ocorreria se tivesse outra vida anterior. Quem faz uma pergunta assim acredita que uma pessoa tem mais de uma vida. E a resposta de Jesus segundo esse evangelista, não teria negado a idéia de reencarnação. Assim, até me parece que o autor do evangelho atribuído ao apóstolo João pudesse ser alguém que acreditasse nessa idéia, o que não quer dizer que os autores dos outros evangelhos compartilhasse com ele esse pensamento.

Buscando fonte extrabíblica, somos informados que entre os judeus a idéia era acatada:
" Estes (os fariseus) atribuem tudo ao destino [ou providência] e a Deus, e embora deixe que o agir de forma correta ou o contrário esteja principalmente nas mãos dos homens, apesar de o destino, de fato, cooperar com cada ação. Dizem que todas as almas são incorruptíveis, mas que as almas dos bons homens apenas são movidas para outros corpos, - porém as almas dos maus são sujeitas ao castigo eterno ” (Guerra Judaica, livro II, cap. VIII, citado em um artigo espírita).

Embora essa crença na reencarnação existisse no meio judaico e apareça nos evangelho de João, olhando sob o ponto de vista de Paulo, o apóstolo que até pode ser considerado o criador do cristianismo, podemos afirmar que ela não sobreviveu no meio cristão. Paulo foi extremamente claro em negar tal idéia, ao dizer que “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo” (Hebreus 9: 27).

Do ponto de vista de outro evangelho, a idéia de uma nova vida só poderia vir através da ressurreição. “Ora, o tetrarca Herodes soube de tudo o que se passava, e ficou muito perplexo, porque diziam uns: João ressuscitou dos mortos; outros: Elias apareceu; e outros: Um dos antigos profetas se levantou”. (Lucas 9:7,8).

Conforme esse evangelho, não há lugar para reencarnação, mas para ressurreição:

a – “João ressuscitou dos mortos”. Não se pode admitir aqui o alegado pelos espíritas, que o “ressuscitou” seja o mesmo que “reencarnou”. Para alguém acreditar que João teria reencarnado, ter-se-ia que demandar um longo tempo, para o nascimento de uma criança e seu crescimento até a vida adulta, período esse que não poderia ter decorrido entre a morte de João e o trabalho dos discípulos de Jesus.

b – “Elias apareceu”. A crença judaica e cristã, conforme suas escrituras, é que Elias não morreu, mas foi levado para o céu em vida (II Reis, 22: 11). Assim, ele não teria que reencarnar, mas simplesmente retornar ao mundo.

c – “Um dos antigos profetas se levantou”. O que é “levantar”? “A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja levantado dentre os mortos” (Mateus, 17: 9). Como o evangelho de Mateus, tanto quanto os demais, diz que Jesus ressuscitou, isto é, seu corpo morto reviveu, não resta dúvida que as idéias expressas no Evangelho de Lucas são, não de reencarnação, mas de ressurreição.

Vejamos agora o que seria “nascer de novo”:

Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo” (João, 3: 3-5).

Jesus teria dito que o novo nascimento seria “nascer da água e do Espírito” . Alguns adeptos da ressurreição dizem que “nascer da água” é passar pelo batismo e do espírito é uma mudança de caráter. E, a tomar por base os ensinamento do apóstolo Paulo, o significado só poderia ser esse: “quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e VOS RENOVEIS NO ESPíRITO DO VOSSO ENTENDIMENTO, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Efésios, 4: 22 a 24).

Conquanto nos textos do chamado Novo Testamento há várias crenças conflitantes, não há lugar para se interpretar que “nascer de novo” no cristianismo signifique a chamada reencarnação, mas sim uma transformação de caráter, como se vê bem claro na carta de Paulo aos efésios: “que vos revistais de um novo homem”, não que vós morrais e nasçais novamente; porque “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo” (Hebreus, 9: 27). É isso que prevaleceu no cristianismo primitivo, não essa crença de que as pessoas passam por várias vidas.

A liberdade quanto à alimentação.

Estamos falando aqui a respeito da alimentação ampla da liberdade de Paulo e do evangelho, bem como realça a fragilidade da fé de certos irmãos. Assim, Paulo nos anima, como cristãos fortes, a exercer tolerância para com os fracos na fé, evitando todo e qualquer julgamento a respeito da experiência cristã de alguém. I. Coríntios 8: 12.
Romanos 14: 2
“Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.”

A Bíblia garante, estribados na apresentação pessoal do apóstolo Paulo (Fil. 3: 5-6), que ele não comia alimentos imundos (apelou com veemência para que os crentes preservassem seus corpos santos e aceitáveis a Deus como sacrifício vivo. Rom. 12:1. I Cor. 3:16-17. Porém, não se opunha a comer carnes sacrificadas a ídolos, porque eram carnes limpas. I Cor. 8:4; 10:19).
Pois bem, Paulo começa sua carta usando uma expressão que confunde os menos estudiosos – TUDO. E depois, confunde ainda mais, dizendo ser – FRACO – quem come legumes. Evidentemente, há necessidade de cavar fundo e “pescar” o que o apóstolo quer ensinar porque a alimentação vegetal tem-se demonstrado mais saudável para o ser humano, e foi o regime alimentar estabelecido por Deus antes do pecado (Gên.1:29). Daniel e seus companheiros na côrte babilônica provaram esta verdade. Daniel 1.
Quando Paulo menciona o TUDO, sua referência é direcionada às carnes sacrificadas aos deuses pagãos (Atos 14:12-13. Levíticos 11: 3), e estas eram limpas (Veja pág. 351). E o FRACO é tão somente quem ainda não amadureceu espiritualmente e, como tem uma consciência débil (I Cor. 8: 11), não admitia o consumo desta carne.
Por conseguinte, comer ou deixar de comer carnes sacrificadas aos ídolos é um assunto pessoal. Ninguém deve se tornar consciência alheia para o fato, porque no verso 3, Paulo coloca os “pratos” na mesa, dizendo:
“QUEM COME NÃO DEVE DESPREZAR QUEM NÃO COME”
– Por quê? Paulo mesmo responde em Romanos 14:
Primeiro: porque todos comparecerão diante do tribunal de Deus (verso 10).
Segundo: Cada um dará contas de si mesmo a Deus (verso 12).
Terceiro: Ninguém deve se constituir em tropeço ao irmão (verso 13).

Romanos 14: 14
“Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa, é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.”
Reafirmo-lhe, amado irmão, com toda a força do amor, que esta “nenhuma coisa” são as carnes sacrificadas aos ídolos, fato que se confirma cristalinamente nos versos 15 a 20. Efetivamente Paulo está capitulando o mesmo assunto, tratando do mesmo problema, discorrendo sobre alimentos; portanto, lógico, racional e evidente que são as carnes sacrificadas aos deuses pagãos, e nunca os seres proibidos na Lei Dietética de Levíticos 11, pois não há contradição na Bíblia. Como sabemos, o Espírito que inspirou Moisés a determinar esta necessária lei, foi O mesmo que inspirou Paulo em suas epístolas e cartas. Veja a posição de Paulo:
II Coríntios 6: 17: – “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos diz o Senhor: e não toqueis nada imundo e Eu vos receberei”.
A liberdade que Paulo dá a entender não é sobre as carnes imundas que Deus proibiu, mas as carnes limpas que alguns de seus compatriotas consideravam imundas ao serem sacrificadas aos ídolos.
Para consolidar o assunto vamos recorrer aos coríntios, que, identicamente, tiveram a mesma dificuldade, que foi equacionada de maneira correta. Porém, anote este detalhe:
– A Epístola aos Coríntios foi escrita menos de um ano antes da de Romanos, por isso é bastante razoável e lógico concluir que em Romanos 14 e I Coríntios 8 e 10 Paulo trate, em essência, do mesmo assunto, qual seja: Carnes sacrificadas aos ídolos.
I Coríntios 10: 27-28
“E, se algum dos infiéis vos convidar, e quiserdes ir, comei de tudo o que se puser diante de vós, sem perguntar nada, por causa da consciência. Mas, se alguém vos disser: Isto foi sacrificado aos ídolos, não comais, por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência...”
Observe esta ilustração:
Imaginemos você estar nesta época em Corinto, e um amigo idólatra o convida para um banquete. Você vai! Então, lá na casa deste seu amigo pagão, ao colocar ele um pedaço de carne em seu prato, não pergunte se ela foi sacrificada aos ídolos. Ao comer a carne, sem perguntar nada, a sua consciência não lhe acusará, pois nada sabes a respeito dela.
Porém, se algum dos irmãos coríntios passar por ali, ou estiver presente, informar que foi sacrificada aos ídolos – não coma – (I. Cor. 10: 28), ainda que seja deselegante para com o amigo. Evite-a por causa da consciência de quem lhe advertiu. A consciência dele o impede de comer e você por amor a ele, deve deixar de comer também (I Cor. 8: 13).
– Por que Paulo não disse assim:
“Se alguém vos disser: Isto é carne de porco ou imunda, não comais.”
– Ele tão somente afirmou:
“Se alguém vos disser: Isto FOI SACRIFICADO AOS ÍDOLOS, não comais.”
Como se vê, trata-se de questões de consciência e não de qualidade de comida, pois notória era a posição de todos quanto às carnes imundas.
 

Os Pastores e Seus Deveres

“Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.”(At 20.28)

     Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme 14.23, a congregação local, cheia do Espírito, buscando a direção de Deus em oração e jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de presbítero ou bispo de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo Espírito Santo em 1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9. Na realidade é o Espírito que constitui o dirigente de igreja. O discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso (20.17-35) é um trecho básico quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma igreja local.

Propagando a Fé

(1) Um dos deveres principais do dirigente é alimentar as ovelhas mediante o ensino da Palavra de Deus. Ele deve ter sempre em mente que o rebanho que lhe foi entregue é a congregação de Deus, que Ele comprou para si com o sangue precioso do seu Filho amado (cf. 20.28; 1Co 6.20; 1Pe 1.18,19; Ap 5.9). (2) Em 20.19-27, Paulo descreve de que maneira serviu como pastor da igreja de Éfeso; tornou patente toda a vontade de Deus, advertindo e ensinando fielmente os cristãos efésios (20.27). Daí, ele poder exclamar: “estou limpo do sangue de todos”(20.26; ver nota). Os pastores de nossos dias também devem instruir suas igrejas em todo o desígnio de Deus. Que “pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina”(2Tm 4.2) e nunca ministrar para agradar os ouvintes, dizendo apenas aquilo que estes desejam ouvir (2Tm 4.3).

Guardando a Fé

    Além de alimentar o rebanho de Deus, o verdadeiro pastor deve diligentemente resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro Satanás levantará falsos mestres dentro da própria igreja, e, também, falsários vindos de fora, infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas antibíblicas, conceitos mundanos e idéias pagãs e humanistas. Os ensinos e a influência destes dois tipos de elementos arruinarão a fé bíblica do povo de Deus. Paulo os chama de “lobos cruéis”, indicando que são fortes, difíceis de subjugar, insaciáveis e perigosos (ver 20.29 nota; cf. Mt 10.16). Tais indivíduos desviarão as pessoas dos ensinos de Cristo e os atrairão a si mesmos e ao seu evangelho distorcido. O apelo veemente de Paulo (20.28-31) impõe uma solene obrigação sobre todos os obreiros da igreja, no sentido de defendê-la e opôr-se aos que distorcem a revelação original e fundamental da fé, segundo o NT.

(1) A igreja verdadeira consiste somente daqueles que, pela graça de Deus e pela comunhão do Espírito Santo, são fiéis ao Senhor Jesus Cristo e à Palavra de Deus. Por isso, é de grande importância na preservação da pureza da igreja de Deus que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef 4.15), e reprovem com firmeza (2Tm 4.1-4; Tt 1.9-11) quem na igreja fale coisas perversas contrárias à Palavra de Deus e ao testemunho apostólico (20.30).

(2) Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados (20.26,27; cf. Ez 3.20,21). Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de Deus para a igreja (20.27), principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho (20.28), não estará “limpo do sangue de todos”(20.26; Ez 34.1-10). Deus o terá por culpado do sangue dos que se perderem, por ter ele deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra (2Tm 1.14; Ap 2.2).

(3) É altamente importante que os responsáveis pela direção da igreja mantenham a ordem quanto a assuntos teológicos doutrinários e morais na mesma. A pureza da doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente mantida nas faculdades evangélicas, institutos bíblicos, seminários, editoras e demais segmentos administrativos da igreja (2Tm 1.13,14).

(4) A questão principal aqui é nossa atitude para com as Escrituras divinamente inspiradas, que Paulo chama a “palavra da sua graça”(20.32). Falsos mestres, pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da Bíblia através de seus ensinos corrompidos e princípios antibíblicos. Ao rejeitarem a autoridade absoluta da Palavra de Deus, negam que a Bíblia é verdadeira e fidedigna em tudo que ela ensina (20.28-31; Gl 1.6; 1Tm 4.1; 2Tm 3.8). A bem da igreja de Deus, tais pessoas devem ser excluídas da comunhão (2Jo 9-11; ver Gl 1.9).

(5) A igreja que perde o zelo ardente do Espírito Santo pela sua pureza (20.18-35), que se recusa a tomar posição firme em prol da verdade e que se omite em disciplinar os que minam a autoridade da Palavra de Deus, logo deixará de existir como igreja neotestamentária (12.5).

Qualificações Morais do Pastor

“Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.”(1Tm 3.1,2)

     Se algum homem deseja ser “bispo”(gr. episkopos, i.e., aquele que tem sobre si a responsabilidade pastoral, o pastor), deseja um encargo nobre e importante (3.1). É necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de Deus (3.1-10; 4.12) e pela igreja (3.10), porque Deus estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser chamado por Deus para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9. Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A igreja da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que Deus estabeleceu mediante o Espírito Santo. Eles estão plenamente em vigor e devem ser observadas por amor ao nome de Deus as pessoas entendo e sabendo ensinar a palavra com amor, ao seu reino e da honra e credibilidade da elevada posição de ministro.

(1) Os padrões bíblicos do pastor como vêem aqui, são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. Os que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua trajetória espiritual (cf. 3.10). Partindo daí, o Espírito Santo estabelece o elevado padrão para o candidato, i.e., que ele precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a Jesus Cristo e aos seus princípios de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de Cristo em Mt 25.21 de que ser “fiel sobre o pouco”conduz à posição de governar “sobre o muito”.

(2) O líder cristão deve ser, antes de qualquer coisa, “exemplo dos fiéis”(4.12; cf. 1Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação.

(a) Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade, fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a Cristo e ao evangelho (4.12,15).
(b) O povo de Deus deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não somente pela Palavra de Deus, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a Cristo pode ser tomada como padrão ou exemplo (1Co 11.1; Fp 3.17; 1Ts 1.6; 2Ts 3.7,9; 2Tm 1.13).

(3) O Espírito Santo acentua grandemente a liderança do crente no lar, no casamento e na família (3.2,4 5; Tt 1.6). Isto é: o obreiro deve ser um exemplo para a família de Deus, especialmente na sua fidelidade à esposa e aos filhos. Se aqui ele falhar, como “terá cuidado da igreja de Deus?” (3.5). Ele deve ser “marido de uma [só] mulher”(3.2). Esta expressão denota que o candidato ao ministério pastoral deve ser um crente que foi sempre fiel à sua esposa. A tradução literal do grego em 3.2 (mias gunaikos, um genitivo atributivo) é “homem de uma única mulher”, i.e., um marido sempre fiel à sua esposa.

(4) Conseqüentemente, quem na igreja comete graves pecados morais, desqualifica-se para o exercício pastoral e para qualquer posição de liderança na igreja local (cf. 3.8-12). Tais pessoas podem ser plenamente perdoadas pela graça de Deus, mas perderam a condição de servir como exemplo de perseverança inabalável na fé, no amor e na pureza (4.11-16; Tt 1.9). Já no AT, Deus expressamente requereu que os dirigentes do seu povo fossem homens de elevados padrões morais e espirituais. Se falhassem, seriam substituídos (Gn 9.4; Lv 10.2; 21.7,17; Nm 20.12; 1Sm 2.23; Jr 23.14; 29.23).

(5) A Palavra de Deus declara a respeito do crente que venha a adulterar que “o seu opróbrio nunca se apagará”(Pv 6.32,33). Isto é, sua vergonha não desaparecerá. Isso não significa que nem Deus nem a igreja perdoará tal pessoa. Deus realmente perdoa qualquer pecado enumerado em 3.1-13, se houver tristeza segundo Deus e arrependimento por parte da pessoa que cometeu tal pecado. O que o Espírito Santo está declarando, porém, é que há certos pecados que são tão graves que a vergonha e a ignomínia (i.e., o opróbrio) daquele pecado permanecerão com o indivíduo mesmo depois do perdão (2Sm 12.9-14).

(6) Mas o que dizer do rei Davi? Sua continuação como rei de Israel, a despeito do seu pecado de adultério e de homicídio (2Sm 11.1-21; 12.9-15) é vista por alguns como uma justificativa bíblica para a pessoa continuar à frente da igreja de Deus, mesmo tendo violado os padrões já mencionados. Essa comparação, no entanto, é falha por vários motivos. (a) O cargo de rei de Israel do AT, e o cargo de ministro espiritual da igreja de Jesus Cristo, segundo o NT, são duas coisas inteiramente diferentes. Deus não somente permitiu a Davi, mas, também a muitos outros reis que foram extremamente ímpios e perversos, permanecerem como reis da nação de Israel. A liderança espiritual da igreja do NT, sendo esta comprada com o sangue de Jesus Cristo, requer padrões espirituais muito mais altos. (b) Segundo a revelação divina no NT e os padrões do ministério ali exigidos, Davi não teria as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja do NT. Ele teve diversas esposas, praticou infidelidade conjugal, falhou grandemente no governo do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou muito sangue (1Cr 22.8; 28.3). Observe-se também que por ter Davi, devido ao seu pecado, dado lugar a que os inimigos de Deus blasfemassem, ele sofreu castigo divino pelo resto da sua vida (2Sm 12.9-14).

(7) As igrejas atuais não devem, pois, desprezar as qualificações justas exigidas por Deus para seus pastores e demais obreiros, conforme está escrito na revelação divina. É dever de toda igreja orar por seus pastores, assisti-los e sustentá-los na sua missão de servirem como “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (4.12).

O batismo nas águas é necessário para a Salvação.

A idade sugerida é de no mínimo quinze anos respeitando a maturidade de cada um sobre o desejo que em ficando a cargo do pastor reconhecer isto, podendo existir casos de batismos com idade de doze anos, observando-se que Cristo foi batizado com trinta anos não mencionando a bíblia batismo de crianças os fazendo atualmente para que os mesmos reconheçam a necessidade de crescerem na casa de Deus. Marcos 16:16­ "Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado." O texto é claro. É necessário que creiamos e sejamos batizados. Alguns acreditam que o batismo não é essencial porque na segunda metade do versículo Jesus não disse que aquele que não crê e não é batizado será condenado. A questão obviamente é se queremos ser salvos ou condenados. Para sermos salvos duas coisas são necessárias: a crença e o batismo. Para sermos condenados basta uma: a descrença. Examine este paralelo: quem for contratado pela fábrica e trabalhar esforçadamente receberá a promoção; quem não for contratado não receberá a promoção. Na verdade, não importa quão arduamente um homem trabalhe se nunca for contratado, certamente não receberá a promoção.

João 3:5­ "Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus." Não é possível entrarmos no reino do céu sem nascermos de novo da água e do espírito. O único nascimento pela água de que falam as Escrituras é o batismo (veja Romanos 6:3-4). Nascer do espírito diz respeito à transformação espiritual que devemos experimentar. Sem o batismo das águas e sem a mudança espiritual, é impossível entrarmos no reino.

Atos 2:38­ "Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo." O contexto aqui é muito importante. Pedro tinha acabado de pregar um sermão no qual acusava os que o ouviam de haverem assassinado ao Senhor. Seus ouvintes perguntaram o que tinham que fazer então para serem salvos. Pedro mandou que se arrependessem e fossem batizados para receber o perdão dos pecados e o dom do Espírito Santo. Sem arrependimento e sem batismo, permanecemos perdidos, sem perdão.

Atos 22:16­ "E agora, porque te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele." Esse texto nos mostra como invocar o nome do Senhor e ser salvo. Certamente devemos invocar o nome do Senhor para sermos salvos (Romanos 10:13; Atos 2:21). Mas isso significa mais que simplesmente gritar "Jesus" (Mateus 7:21-23; Lucas 6:46; Atos 19:13-16; Romanos 10:1-3). Invocar o nome do Senhor significa voltar-se para ele e submeter-se a ele para receber a salvação. O modo pelo qual fazemos isso é para ser batizados e lavar os pecados. Uma vez que não é possível sermos salvos tendo ainda o pecado e uma vez que o batismo é exigido para ser lavado dos pecados, fica claro que o batismo é necessário para a salvação.

Romanos 6:3,4­ "Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida." Essa passagem compara o batismo do cristão com a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo. Jesus morreu. Nós temos que morrer com respeito ao pecado. Jesus ressuscitou; devemos também ressurgir do nosso sepulcro do batismo para vivermos uma vida nova. Está claro que a nossa nova vida segue o nosso batismo. Como não se enterra ninguém vivo, mas sim os mortos, assim também os batizados são aqueles que estão mortos no pecado e não os que já estão vivos em Cristo. A vida nova é recebida após o batismo.

1 Pedro 3:21: "A qual, figurando o batismo, agora também vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de um boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo." O batismo compara-se ao dilúvio dos dias de Noé. O dilúvio salvou a Noé da corrupção e da perversidade do velho mundo. O batismo nos salva da corrupção e do pecado de nossa velha vida. Uma vez que o texto afirma que o batismo nos salva, a questão é indiscutível. 

O Batismo no Espírito Santo

“Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias”(At 1.5)

     Uma das doutrinas principais das Escrituras é o batismo no Espírito Santo. A respeito do batismo no Espírito Santo, a Palavra de Deus ensina o seguinte:

(1) O batismo no Espírito é para todos que professam sua fé em Cristo; que nasceram de novo, e, assim, receberam o Espírito Santo para neles habitar.

(2) Um dos alvos principais de Cristo na sua missão terrena foi batizar seu povo no Espírito (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Ele ordenou aos discípulos não começarem a testemunhar até que fossem batizados no Espírito Santo e revestidos do poder do alto (Lc 24.49; At 1.4,5,8).

(3) O batismo no Espírito Santo é uma obra distinta e à parte da regeneração, também por Ele efetuada. Assim como a obra santificadora do Espírito é distinta e completiva em relação à obra regeneradora do mesmo Espírito, assim também o batismo no Espírito complementa a obra regeneradora e santificadora do Espírito. No mesmo dia em que Jesus ressuscitou, Ele assoprou sobre seus discípulos e disse: “Recebei o Espírito Santo”(Jo 20.22), indicando que a regeneração e a nova vida estavam-lhes sendo concedidas. Depois, Ele lhes disse que também deviam ser “revestidos de poder”pelo Espírito Santo (Lc 24.49; cf. At 1.5,8). Portanto, este batismo é uma experiência subseqüente à regeneração.

(4) Ser batizado no Espírito significa experimentar a plenitude do Espírito, (cf. 1.5; 2.4). Este batismo teria lugar somente a partir do dia de Pentecoste. Quanto aos que foram cheios do Espírito Santo antes do dia de Pentecoste (e.g. Lc 1.15,67), Lucas não emprega a expressão “batizados no Espírito Santo”. Este evento só ocorreria depois da ascensão de Cristo (1.2-5; Lc 24.49-51, Jo 16.7-14).

(5) O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como o sinal inicial do batismo no Espírito Santo (2.4; 10.45,46; 19.6).

(6) O batismo no Espírito Santo outorgará ao crente ousadia e poder celestial para este realizar grandes obras em nome de Cristo e ter eficácia no seu testemunho e pregação (cf. 1.8; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1Co 2.4). Esse poder não se trata de uma força impessoal, mas de uma manifestação do Espírito Santo, na qual a presença, a glória e a operação de Jesus estão presentes com seu povo (Jo 14.16-18; 16.14; 1Co 12.7).

(7) Outros resultados do genuíno batismo no Espírito Santo são: (a) mensagens proféticas e louvores (2.4, 17; 10.46; 1Co 14.2,15); (b) maior sensibilidade contra o pecado que entristece o Espírito Santo, uma maior busca da retidão e uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade (ver Jo 16.8; At 1.8); (c) uma vida que glorifica a Jesus Cristo (Jo 16.13,14; At 4.33); (d) visões da parte do Espírito (2.17); (e) manifestação dos vários dons do Espírito Santo (1Co 12.4-10); (f) maior desejo de orar e interceder (2.41,42; 3.1; 4.23-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26); (g) maior amor à Palavra de Deus e melhor compreensão dela (Jo 16.13; At 2.42) e (h) uma convicção cada vez maior de Deus como nosso Pai (At 1.4; Rm 8.15; Gl 4.6).

(8) A Palavra de Deus cita várias condições prévias para o batismo no Espírito Santo. (a) Devemos aceitar pela fé a Jesus Cristo como Senhor e Salvador e apartar-nos do pecado e do mundo (2.38-40; 8.12-17). Isto importa em submeter a Deus a nossa vontade (“àqueles que lhe obedecem”, 5.32). Devemos abandonar tudo o que ofende a Deus, para então podermos ser “vaso para honra, santificado e idôneo para o uso do Senhor”(2Tm 2.21). (b) É preciso querer o batismo. O crente deve ter grande fome e sede pelo batismo no Espírito Santo (Jo 7.37-39; cf. Is 44.3; Mt 5.6; 6.33). (c) Muitos recebem o batismo como resposta à oração neste sentido (Lc 11.13; At 1.14; 2.1-4; 4.31; 8.15,17). (d) Devemos esperar convictos que Deus nos batizará no Espírito Santo (Mc 11.24; At 1.4,5).

(9) O batismo no Espírito Santo permanece na vida do crente mediante a oração (4.31), o testemunho (4.31, 33), a adoração no Espírito (Ef 5.18,19) e uma vida santificada (ver Ef 5.18 notas). Por mais poderosa que seja a experiência inicial do batismo no Espírito Santo sobre o crente, se ela não for expressa numa vida de oração, de testemunho e de santidade, logo se tornará numa glória desvanecente.

(10) O batismo no Espírito Santo ocorre uma só vez na vida do crente e move-o à consagração à obra de Deus, para, assim, testemunhar com poder e retidão. A Bíblia fala de renovações posteriores ao batismo inicial do Espírito Santo (ver 4.31 nota; cf. 2.4; 4.8, 31; 13.9; Ef 5.18). O batismo no Espírito, portanto, conduz o crente a um relacionamento com o Espírito, que deve ser renovado (4.31) e conservado (Ef 5.18).

O Falar em Línguas

“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”(At 2.40)

    O falar noutras línguas, ou a glossolália (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo ( 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje.

O verdadeiro falar em línguas

(1) As línguas como manifestação do Espírito. Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo, i.e., uma expressão vocal inspirada pelo Espírito, mediante a qual o crente fala numa língua (gr. glossa) que nunca aprendeu (2.4; 1Co 14.14,15). Estas línguas podem ser humanas, i.e., atualmente faladas (2.6), ou desconhecidas na terra (cf. 1Co 13.1). Não é “fala extática”, como algumas traduções afirmam, pois a Bíblia nunca se refere à “expressão vocal extática”para referir-se ao falar noutras línguas pelo Espírito.

(2) Línguas como sinal externo inicial do batismo no Espírito Santo. Falar noutras línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o Espírito Santo se unem no louvor e/ou profecia. Desde o início, Deus vinculou o falar noutras línguas ao batismo no Espírito Santo (2.4), de modo que os primeiros 120 crentes no dia do Pentecoste, e os demais batizados a partir de então, tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o batismo no Espírito Santo (cf. 10.45,46). Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No decurso da história da igreja, sempre que as línguas como sinal foram rejeitadas, ou ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram distorcidas, ou totalmente suprimidas.

(3) As línguas como dom. Falar noutras línguas também é descrito como um dos dons concedidos ao crente pelo Espírito Santo (1Co 12.4-10). Este dom tem dois propósitos principais: (a) O falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo Espírito, em culto público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual (1Co 14.5,6,13-17). (b) O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a Deus nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual (1Co 14.4). Significa falar ao nível do espírito (14.2,14), com o propósito de orar (14.2,14, 15,28), dar graças (14.16,17) ou cantar (14.15; 1Co 14).

Outras línguas, porém falsas

    O simples fato de alguém falar “noutras línguas”, ou exercitar outra manifestação sobrenatural não é evidência irrefutável da obra e da presença do Espírito Santo. O ser humano pode imitar as línguas estranhas como o fazem os demônios. A Bíblia nos adverte a não crermos em todo espírito, e averiguarmos se nossas experiências espirituais procedem realmente de Deus (1Jo 4.1)

(1) Somente devemos aceitar as línguas se elas procederem do Espírito Santo, como em 2.4. Esse fenômeno, segundo o livro de Atos, deve ser espontâneo e resultado do derramamento inicial do Espírito Santo. Não é algo aprendido, nem ensinado, como, por exemplo, instruir crentes a pronunciar sílabas sem nexo.

(2) O Espírito Santo nos adverte claramente que nestes últimos dias surgirá apostasia dentro da igreja (1Tm 4.1,2); sinais e maravilhas operados por Satanás (Mt 7.22,23; 2Ts 2.9) e obreiros fraudulentos que fingem ser servos de Deus (2Pe 2.1,2). (3) Se alguém afirma que fala noutras línguas, mas não é dedicado a Jesus Cristo, nem aceita a autoridade das Escrituras, nem obedece à Palavra de Deus, qualquer manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do Espírito Santo (1 Jo 3.6-10; 4.1-3; Gl 1.9; Mt 24.11-24, Jo 8.31).

Provas do Genuíno Batismo no Espírito Santo

“E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.”(At 10.44,45)

   As Escrituras ensinam que o crente deve examinar e provar tudo o que se apresenta como sendo da parte de Deus (1Ts 5.21; cf. 1Co 14.29). “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus”(1Jo 4.1). Seguem-se alguns princípios bíblicos para provar ou testar se é de Deus um caso declarado de batismo no Espírito Santo.

(1) O autêntico batismo no Espírito Santo levará a pessoa a amar, exaltar e glorificar a Deus Pai e ao Senhor Jesus Cristo mais do que antes (ver Jo 6.13,14; At 2.11,36; 10.44-46).

(2) O verdadeiro batismo no Espírito Santo aumentará a convicção da nossa filiação com o Pai celestial (1.4; Rm 8.15,16), levará a uma maior percepção da presença de Cristo em nossa vida diária (Jo 14.16, 23; 15.26) e aumentará o clamor da alma “Aba, Pai”! (Rm 8.15; Gl 4.6). Por sua vez, um batismo no Espírito Santo que não leva a uma maior comunhão com Cristo e a uma mais intensa comunhão com Deus como nosso Pai não vem dEle.

(3) O real batismo no Espírito Santo aumentará nosso amor e apreço pelas Escrituras. O Espírito da verdade (Jo 14.17), que inspirou as Escrituras (2Tm 3.16; 2Pe 1.20,21), aprofundará nosso amor à verdade da Palavra de Deus (Jo 16.13; At 2.42; 3.22; 1Jo 4.6). Por outro lado, qualquer suposto batismo no Espírito que diminui nosso interesse em ler a Palavra de Deus e cumpri-la, não provém de Deus.

(4) O real batismo no Espírito Santo aprofundará nosso amor pelos demais seguidores de Cristo e a nossa preocupação pelo seu bem-estar (2.38, 44-46; 4.32-35). A comunhão e fraternidade cristãs, de que nos fala a Bíblia, somente podem existir através do Espírito (2Co 13.13).

(5) O genuíno batismo no Espírito Santo deve ser precedido de abandono do pecado e de completa obediência a Cristo (2.38). Ele será conservado quando continuamos na santificação do Espírito Santo (2.40; 2Ts 2.13; Rm 8.13; Gl 5.16,17). Daí, qualquer suposto batismo, em que a pessoa não foi liberta do pecado, continuando a viver segundo a vontade da carne, não pode ser atribuído ao Espírito Santo (2.40; 8.18-21; Rm 8.2-9). Qualquer poder sobrenatural manifesto em tal pessoa trata-se de atividade enganadora de Satanás (cf. Sl 5.4,5).

(6) O real batismo no Espírito Santo fará aumentar o nosso repúdio às diversões pecaminosas e prazeres ímpios deste mundo, refreando-nos a busca egoísta de riquezas e honrarias terrenas (20.33; 1Co 2.12; Rm 12.16; Pv 11.28).

(7) O genuíno batismo no Espírito Santo nos trará mais desejo e poder para testemunhar da obra redentora do Senhor Jesus Cristo (ver Lc 4.18; At 1.8; 2.38-41; 4.8-20; Rm 9.1-3; 10.1). Inversamente, qualquer suposto batismo no Espírito que não resulte num desejo mais intenso de ver os outros salvos por Cristo, não provém de Deus.

(8) O genuíno batismo no Espírito Santo deve despertar em nós o desejo de uma maior operação sua no reino de Deus, e também uma maior operação de seus dons em nossa vida. As línguas como evidência inicial do batismo devem motivar o crente a permanecer na esfera dos dons espirituais (2.4, 11, 43; 4.30; 5.12-16; 6.8; 8.7; Gl 3.5.

(9) O autêntico batismo no Espírito Santo tornará mais real a obra, a direção e a presença do Espírito Santo em nossa vida diária. Depois de batizados no Espírito Santo, os crentes de Atos tornaram-se mais cônscios da presença, poder e direção do Espírito Santo (4.31; 6.5; 9.31; 10.19; 13.2, 4, 52; 15.28; 16.6,7; 20.23). Inversamente, qualquer suposto batismo no Espírito Santo que não aumentar a nossa consciência da presença do Espírito Santo, nem aumentar o nosso desejo de obedecer à sua orientação, nem reafirmar o nosso alvo de viver diante dEle de tal maneira a não entristecê-lo nem suprimir o seu fervor, não provém de Deus.

Dons Espirituais Para o Crente

"Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil”(1Co 12.7)

 Perspectiva geral

    Uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação da igreja (12.7; 14.26). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.

(1) As manifestações do Espírito dão-se de acordo com a vontade do Espírito (12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (12.31; 14.1).

(2) Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”, e não apenas um dom (12.31; 14.1).

(3) É antibíblico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos visível. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).

(4) Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”(1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21).

Os dons espirituais

    Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.

(1) Dom da Palavra da Sabedoria (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22). Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6).

(2) Dom da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Freqüentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).

(3) Dom da Fé (12.9). Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (13.2) e que freqüentemente opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres (Mt 17.20; Mc 11.22-24; Lc 17.6).

(4) Dons de Curas (12.9). Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados.

    Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15).

(5) Dom de Operação de Milagres (12.10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de Deus contra Satanás e os espíritos malignos (Jo 6.2).

(6) Dom de Profecia (12.10). É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas.

    Como manifestação do Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio Dele (At 2.16-18). Quanto à profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte: (a) Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do Espírito Santo (14.24,25 29-31). Aqui, não se trata da entrega de sermão previamente preparado. (b) Tanto no AT, como no NT, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (14.3). (c) A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (14.3, 25,26, 31). (d) A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29, 32; 1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a Cristo (12.3). (e) O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no NT um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para isso (12.11).

(7) Dom de Discernimento de Espíritos (12.10). Trata-se de uma dotação especial dada pelo Espírito, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não (14.29; 1Jo 4.1). No fim dos tempos, quando os falsos mestres (Mt 24.5) e a distorção do cristianismo bíblico aumentarão muito (1Tm 4.1), esse dom espiritual será extremamente importante para a igreja.

(8) Dom de Variedades de Línguas (12.10). No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes fatos: (a) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas... dos anjos”(13.1). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16). (b) O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd 20). (c) Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6). (d) Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase”ou “fora de controle”(14.27,28).

(9) Dom de Interpretação de Línguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las (14.13).

O culto de domingo

Pretendemos dissertar a respeito do sábado judaico. Por que sábado judaico? Porque se trata de uma ordenança cumprida pelos judeus, mais propriamente pelos judaizantes, cuja crença está baseada no Antigo Testamento. A alguns religiosos que são pró-sabáticos. A guarda do sábado, que foi um sinal para o povo da Antiga Aliança, é obrigatória aos que estão sob a égide da Nova Aliança? Quem guarda o domingo está em pecado e não será salvo?  O cumprimento da ordenança sobre o sétimo dia garante a salvação? Tentarei responder a estas e a outras perguntas.

A Igreja de Cristo, desde o início, principalmente pelo Apóstolo Paulo, sempre dispensou estreita atenção às heresias, chamadas por Pedro de “heresias de perdição” (2 Pe 2.1), por tratar-se de ensinos contrários às doutrinas bíblicas.

A Igreja,  como fazem as sentinelas, deve manter-se em constante vigilância para denunciar a aproximação ou o surgimento de  elementos estranhos ao Evangelho. É  seu dever  combater as heresias: “Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradiz entes” (Tt 1.9).

Sábado,  grego sabbaton,  hebraico shãbath, tem em sua raiz o significado de cessação de atividade. Segundo o Dicionário VINE, “a idéia não é de relaxamento ou repouso, mas cessação de atividade”. A conotação com o descanso físico vem pelo fato de que a suspensão dos trabalhos proporciona descanso, e porque Deus destinou o sétimo dia não só para  repouso e memorial do término de  sua criação, mas como dia de culto, adoração e comunhão com Ele (Ex 16.27; 31.12-17).

A primeira referência bíblica sobre o sétimo dia está em Gênesis 2.2-3 que fala do descanso de Deus no shãbath. O “descanso” de Deus não quer dizer que Ele ficou cansado, mas que suspendeu sua atividade criadora. O princípio da criação do shãbath é destinar um dia ao repouso e ao exclusivo culto ao Senhor: “Seis dias trabalharás, mas o sétimo dia será o sábado do descanso solene, santo ao Senhor” (Ex 31.15).

Deus incluiu o sábado nos Dez Mandamentos, lembrando que “em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou” (Ex 20.8-11). O castigo para quem violasse o sábado era a morte (Ex 31.12-17).  Portanto, o castigo está associado à guarda do sábado. Para que haja coerência de procedimentos, quem guarda o sábado deveria, no caso de violação, aceitar o castigo correspondente. A guarda desse dia e o castigo pela desobediência são ordenanças de Deus e fazem parte da Antiga Aliança.

O sábado era um sinal, como o foi a circuncisão,  entre Deus e os filhos de Israel, assim como o arco era um sinal do pacto com Noé. Vejam a similitude que há nessas ordenanças: Arco: “Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós, e entre toda a alma vivente, que está convosco, por gerações eternas... será por sinal entre mim e a terra” (Gn 9.12-13). Circuncisão: “Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti... e circundareis a carne do vosso prepúcio, e isto será por sinal da aliança entre mim e vós. E o homem incircunciso... será extirpado do seu povo” (Gn 17.10,11, 13). Sábado: “Tu, pois, fala aos filhos de |Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados, porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações, para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica. Portanto, guardareis o sábado... aquele que o profanar, certamente morrerá” (Êx 31.13-14). A instituição do sábado está  associada à lembrança da libertação da escravidão egípcia (Dt 5.15; Ez 20.10-20).

Tais leis foram sombras das coisas futuras. Embora estabelecidas como estatuto perpétuo, como também a páscoa, a queima de incenso, o sacerdócio levítico e ofertas de paz, vigoraram até o estabelecimento do novo pacto em Cristo Jesus. Vejamos:

“E, quando vós estáveis mortos nos pecados e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas” (Cl 2.13).

O homem não pôde, pela lei, livrar-se da morte do pecado. Ninguém, até hoje, conseguiu cumprir fielmente toda a vontade de Deus expressa na lei. Cristo veio para nos livrar das penalidades da lei, visto que estamos não debaixo da lei, mas debaixo da graça (Rm 6.14).

“Havendo riscado a cédula que era de alguma maneira contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária,  a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz” (Cl 2.14).

O “ministério da morte”, como é chamada a lei mosaica (2 Co 3.7),  não deu vida ao homem; apenas revelava o seu estado pecaminoso “Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita. Porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei. Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo da lei. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gl 3.19-26).

A lei de Moisés serviu para nos conduzir a Cristo. As palavras do Apóstolo, como acima, falam por si sem necessitar muitos esclarecimentos. A lei foi um estágio necessário, como necessários são os primeiros degraus de uma escada pelos quais alcançamos o ponto mais elevado. Ao morrermos com Cristo, morremos para a lei. A lei não alcança os mortos. “Agora estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos, a fim  de servirmos em novidade de espírito, e não na velhice da lei” (Rm 7.1,4,6). Por isso, Jesus cravou na cruz as ordenanças que de certo modo eram contra nós. Agora vivemos não segundo o ministério da condenação, mas segundo o do  Espírito. “Se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça”. O Apóstolo diz que as antigas ordenanças eram transitórias, e foram abolidas por Cristo (2 Co 3.7-14). Os crentes da atualidade não são guiados pela lei, mas pelo Espírito.

“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Cl 2.16-17). A guarda do sábado semanal, sombra do que viria, apontava para Cristo. Se a instituição do sábado nos fazia lembrar da saída do Egito, nossa atenção agora está centralizada na libertação que há em Jesus. Os “sábados” de Colossenses 2.16 não são sábados festivos; são sábados semanais, sem dúvida.  Os festivos estão inclusos em “dias de festa”.  Em Ezequiel 20.12 e 44.24 também encontramos “meus sábados”  referindo-se aos sábados semanais. De igual modo, Êxodo 31.13 alude aos “meus sábados”, numa referência ao sétimo dia de descanso e culto. Então, a guarda do sábado foi uma “sombra das coisas futuras”, mas a realidade está em Cristo. De acordo com isso está o teólogo adventista Samuele Bacchiocci, que afirmou:

“O consenso unânime de comentaristas é que essas três expressões [“dias de festa”, “lua nova” e “sábados”] representam uma lógica e progressiva seqüência (anual, mensal e semanal). Este ponto de vista é válido pela ocorrência desses termos...Um outro significativo argumento contra os sábados cerimoniais é o fato de que estes já estão incluídos nas palavras dias de festa (ou festividades – no original)... esta indicação positivamente mostra que a palavra SABATON como é usada em Cl 2.16 não pode referir-se aos sábados cerimoniais anuais (From Sabbath Sunday – Do Sábado para o Domingo – Samuele Bacchiocci, 1977, p. 359-360. Fonte:  Bíblia Apologética).

Leiam a seguinte promessa: “E farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas festividades” (Os 2.11; cf. Cl 2.14,16).  Vamos ver o que mais a Nova Aliança diz a respeito da anterior:

“O mandamento anterior é anulado por causa da sua fraqueza e inutilidade. Pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma, e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus” (Hb 7.18-19). Só chegaremos a Deus pela aceitação dos termos da Nova Aliança, isto é, pela graça, mediante a fé em Jesus (Jo 3.15-18; Rm 10.9; Ef 2.8-9). A salvação do ladrão na cruz é exemplo. Foi salvo não pelo cumprimento da lei, mas por graça e fé (Lc 23.46).

O Novo Testamento diz que Cristo “alcançou ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto que está confirmado em melhores promessas. Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda. Dizendo Nova Aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar” (Hb 8.6,7,13).

Mas, se a lei foi abolida em Cristo, então podemos matar, cometer adultério, desobedecer a nossos pais? A resposta precisa ser encontrada no Novo Concerto, que ratificou os Dez Mandamentos, exceto  a guarda do sábado. Em nenhuma parte do Novo Testamento encontraremos a ordem para reservar o sétimo dia. Vejamos o Decálogo e a correspondente instrução na Nova Aliança: “Não terás outros deuses diante de mim” (At 14.15); “não farás para ti imagem de escultura” (1 Ts 1.9;  1 Jo 5.21);  “não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão” (Tg 5.12); “Lembra-te do dia do sábado para o santificar” (não mencionado no NT); “honra teu pai e a tua mãe” (Ef 6.1);  “não matarás” , “não adulterarás”, “não furtarás”, “não cobiçarás” (Rm 13.9); “não dirás falso testemunho” (Cl 3.9).

Quanto ao mandamento de não fazer imagem de escultura, sabatistas por vezes alegam não haver mandamento correspondente e explícito no Novo Testamento, porquanto, dizem,  a palavra “ídolo” (1 Jo 5.21) não significa imagem de escultura.  Quanto a isso, observem o que diz o conceituado Dicionário VINE: “Ídolo (eidolon), primariamente “fantasma” ou “semelhança” (derivado de eidos, “aparência”, literalmente, “aquilo que é visto”), ou “idéia, imaginação”, denota no Novo Testamento; (a) “ídolo”, imagem que representa um falso deus (At 7.41; 1 Co 12.2; Ap 9.20); (b) “o falso deus” adorado numa imagem (At 15.20; Rm 2.22; 1 Co 8.4,7; 10.19; 2 Co 6.16; 1 Ts 1.9; 1 Jo 5.21)”.

Cabe salientar que prevalecem os princípios éticos e morais do Antigo Testamento, ratificados e, em alguns casos, aperfeiçoados no Novo Concerto. “Cada um desses princípios contidos nos Dez Mandamentos é restabelecido num outro contexto no Novo Testamento, exceto, é claro, o mandamento para descansar e cultuar no sábado”. Jesus não fazia distinção entre leis morais e leis cerimoniais. É possível fazer-se esta divisão para melhor compreensão,  mas ela não está definida na Bíblia. Ele afirmou que não veio anular a lei, mas cumpri-la (Mt 5.17). Em seguida, cita o sexto mandamento, “não matarás” (v.21); o sétimo, “não adulterarás” (v.27); o nono, “não dirás falso testemunho” (v.33); cita Levítico 24.20 “olho por olho, dente por dente”; cita Levítico 19.18 sobre o “amor ao próximo”. Logo, a “lei” a que se referiu Jesus não diz respeito somente aos Dez Mandamentos, mas abrange o Pentateuco. “A lei é termo comum entre os judeus para a primeira das três divisões das Escrituras hebraicas, isto é, os cinco livros do Pentateuco. Jesus cumpriu cabalmente a lei, em Sua vida, pela observação constante de seus preceitos; em Seus ensinos, pela pregação da ética do amor que cumpre a lei (Rm 13.10) e em Sua morte, pela satisfação de suas exigências” (O Novo Comentário da Bíblia – Vol. II, Edições vida Nova, 1990, p. 953). Porque em sua vida cumpria a lei, era costume de Jesus participar dos cultos, aos sábados, nas sinagogas de sua cidade natal (Lc 4.16). Após a cruz, “pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3.11,13).

Se alguém deseja guardar o sábado, que o faça segundo prescreve o Antigo Testamento, assim: não ferver ou assar comida (Êx 16.23); não sair de casa nesse dia (Êx 16.29); não acender fogo (Êx 35.3); não viajar (Ne 10.31); não carregar peso (Jr 17.21); não exercer o comércio (Am 8.5). A violação de tais preceitos torna o infrator sujeito à maldição da lei e à pena de morte (Êx 31.15; Dt 27.11-28; Gl 5.1-5; Tg 1.23; 2.10).

Pelas obras da lei nenhuma carne será  justificada, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Ela revela o pecado e condena o homem. Em Cristo, se manifestou a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo. Foi impossível ao homem  cumprir totalmente os itens da lei, sem qualquer fracasso, pois “maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las”. Cristo, com sua morte expiatória, fez-se maldição em nosso lugar (Gl 3.10-13). Por isso, a Bíblia diz que todos pecaram  (Rm 3.20-23). No antigo concerto, a salvação tinha por base a fé expressa pela obediência à lei de Deus e ao sistema sacrificial. Mas um novo concerto ou novo testamento, com melhores promessas, foi levado a efeito por Jesus Cristo mediante sua morte e ressurreição (Jr 31.31-34).

Os adventistas, regra geral, são sabatistas, mas parece não haver um consenso. Entre 1955 e 1956, o dr. Walter Martin, apologista da fé cristã, entrevistou 250 conceituadíssimos líderes adventistas. O resultado dessas entrevistas foi publicado no livro “Adventistas do Sétimo Dia Respondem Perguntas sobre Doutrina”, de 720 páginas. Esses destacados líderes concluíram o seguinte: 1) Sabatismo: A guarda do sábado não propicia salvação. O cristão que observa o domingo não está em pecado. Não é cúmplice do papado. 2) Ellen G. White: Os escritos de Ellen White [profetiza do adventismo] não devem ser colocados em pé de igualdade com a Bíblia. 3) Santíssimo: Cristo entrou no Lugar Santíssimo por ocasião de sua ascenção, e não em 22 de outubro de 1844. Assim, as doutrinas do santuário celestial ser purificado e do juízo investigativo não tinham base bíblica.

Em decorrência dessa posição, “houve sérias controvérsias no seio da Igreja Adventista do Sétimo Dia, dando origem a dois movimentos: o tradicional e o evangélico. O primeiro recusava-se a abrir mão das posições acima, pois aceitá-las comprometeria a exclusividade da IASD como o ´remanescente´, a única e verdadeira igreja de Cristo. O segundo advogava os conceitos expressos no Questions on doctrine. Estes não queriam deixar a IASD, apenas queriam uma reforma nas questões teológicas nada ortodoxas. Conclui-se que o Adventismo com o qual o Dr. Walter Martin dialogou e aceitou como cristão não é mais o mesmo que presenciamos aqui no Brasil, pois rompeu com tudo aquilo abordado no Questions on doctrine.  Entretanto, não se pode negar que há dentro da IASD aqueles que almejam o retorno às formulações esboçadas e defendidas no referido livro” (Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo – George A. Mather, Vida, 2.000, p. 194).

Os apóstolos elegeram o primeiro dia da semana como o dia do Senhor: “No primeiro dia da semana, reunindo-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de sair no dia seguinte, falava com eles, e prolongou o seu discurso até à meia noite (At 20.7; v. 1 Co 16.2). Aqui vemos o registro da celebração da Ceia do Senhor num domingo, um dia de culto. O Apóstolo João revela que foi “arrebatado em espírito no dia do Senhor” (Ap 1.10), referindo-se ao domingo, dia da ressurreição de Jesus (Lc 24.1) e do seu aparecimento aos discípulos (Jo 20.19; Lc 24.13,33,36).

A vontade de Deus é que aceitemos e vivamos segundo os termos do novo concerto. As provisões necessárias à nossa salvação não estão na antiga aliança, nem na obediência às suas leis e ao seu sistema de sacrifícios.  A lei funcionou como tutor do povo até que viesse a salvação pela fé em Cristo. Desprezar  a lei? Não. O Novo Testamento cuidou de revitalizar os princípios éticos e morais da lei, modificando uns, confirmando letra por letra outros, excluindo muitos. A salvação na nova aliança está consolidada na morte expiatória de Cristo, na sua ressurreição gloriosa e no privilégio de, pela fé, pertencermos a Ele.

Quase toda a instrução dos capítulos 3, 4 e 5 de Gálatas aborda a questão da lei e do evangelho, donde se conclui que: 1) A lei foi ordenada por causa das transgressões, Até que viesse a posteridade (3.19). 2) A lei não pôde comunicar vida; por isso, a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. 3) A lei serviu para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados, não pela fé na obediência à lei. 4) Depois que a fé veio, já não estamos debaixo da lei, mas da graça (3.25). 5) Cristo veio para libertar os que estavam debaixo da lei. Não somos mais meninos necessitados de tutores, reduzidos à escravidão. Agora somos filhos de Deus (4.1-7). 6) Não mais estamos sujeitos a guardar dias, meses e anos, rudimentos fracos e pobres aos quais alguns querem continuar servindo (4.9-10). 7) Somos filhos não da escrava Agar, que simboliza o velho concerto. Somos filhos da promessa, como Isaque. Lancemos fora a escrava e seu filho, porque, “de modo algum, o filho da escrava herdará com o filho da livre” (4.21-31). 8) Não devemos retornar ao jugo da servidão, pois Cristo nos libertou (5.1). 9) Os que buscam justificação na lei, separados estão de Cristo (5.4).

Usos e costumes na igreja.

Os usos e costumes são influenciados pela cultura e modo de viver, valores sociais e religiosos das pessoas. Muitos usos e costumes são contrários ao ensino doutrinário e por isso devem ser enfaticamente rejeitados, outros, porém, acompanham os princípios da doutrina bíblica e, portanto não podem ser simplesmente encarados, agredidos, abandonados ou modificados.

Vestuário Cristão

1 Tm 2.9 - “Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos.”

A expressão ‘ataviem’ (do grego - “kosmeo”), significa “pôr em ordem”. Aqui, cumpre-nos registrar que o termo grego - “Kosmos” vem desse verbo e significa mundo. Também é desse mesmo termo grego que temos a palavra moderna “cosmético”, aquilo que é exagerado.

O termo ‘pudor’ é tradução do adjetivo grego - “Kosmios” (que vem da mesma raiz de ataviem) palavra que significa “honroso”, “modesto”, “respeitoso”. O contrário disto são trajes provocantes e desrespeitosos, isto é, vestes contrárias ao espírito de adoração o que sugere uma mulher com vestes tipicamente “mundanas”. Assim, aqui temos o princípio bíblico da decência e do pudor, isto é, não devemos imitar o mundo em seu modo indecoroso, escandaloso e imoral de vestir-se.

 ADORNOS E ENFEITES

1 Pd 3.3 – “O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes

A palavra ‘enfeite’ ou ‘adorno’ é novamente tradução do termo grego - “kosmos” (mundo, ordem). Assim, temos aqui uma conexão intencional. O Apóstolo teve a intenção de dizer que a ornamentação exagerada é sinal de mundanismo. (Ler 1. Jo 2.15-17)

Acerca do perigo do uso de jóias ou adereços temos uma relevante advertência em Gn 35.1-4. Os deuses das mãos mencionados neste texto são amuletos que eram usados em forma de anéis e as argolas eram brincos usados nas orelhas pelas mulheres ou pingentes usados pelos homens. Os amuletos continham palavras sagradas ou figuras e imagens de um ou mais deuses pagãos, e era uma prática supersticiosa amplamente difundida no Oriente Próximo.

Na atualidade, de igual forma, os anéis, brincos, pulseiras, braceletes e colares vendidos em grande escala contém em sua grande maioria, imagens e símbolos da nova era e de toda espécie de ocultismo e espiritualismo. Assim, esta prática constitui-se em uma forma de cultuar deuses estranhos e entristecer o Espírito Santo. Portanto, além da oposição a vaidade, outro princípio espiritual aqui evidenciado é o combate a idolatria. (Gn 35.2) por isso devemos estar ciente de tudo o que se compra para o uso pessoal ou presentear alguém.

COSMÉTICOS

2 Reis 9.30 – “E Jeú veio a Jizreel, o que ouvindo Jezabel, se pintou em volta dos olhos, e enfeitou a sua cabeça, e olhou pela janela”.

Jezabel era um exemplo claro de exagero, pois o seu objetivo era a provocação dos homens. As mulheres egípcias e assírias usavam tinta como cosmético. Coloriam as pestanas e as beiradas das pálpebras com um pó fino preto umedecido com azeite ou vinagre.

Porém esta prática era vista com desdém entre os hebreus. A pintura dos olhos é desdenhosamente mencionada em Jr 4.30 e Ez 23.40.

Jezabel (hebraico - “casta”) foi rainha Sidônia de Israel, casada com o rei Acabe. Ela comandou, corrompeu e influenciou negativamente Israel por 76 anos. Combinava os piores elementos de prepotência, violência, licenciosidade e vaidade. Jezabel não era somente uma mulher idólatra, ela era uma mulher de moral imunda e foi transformada nas Escrituras como símbolo de iniqüidade e barbaridades femininas. Jezabel é a única mulher em toda a Bíblia que aparece se pintando. O registro bíblico fez dela um princípio permanente de exemplo a não ser seguido. (Ap. 2.20). Quando uma mulher ou homem utilizar deste produtor ter a decência de não exagerar pois que a utilização do mesmo seja sempre para a glória de nosso Senhor e não para atrair outras pessoas a desgraça espiritual. 

DIFERENÇAS NO VESTUÁRIO

Dt 22.5 – “Não haverá trajo de homem na mulher, e não vestirá o homem veste de mulher; porque qualquer que faz isto abominação é ao SENHOR, teu Deus”

Entre os hebreus a vestimenta da mulher hebréia era diferente da do homem. Era mais comprida, com borda e franja suficientes para cobrir os pés (Is 47.22). A vestimenta exterior dos hebreus era, também utilizada como roupa de cama; e por isso um credor não o podia conservar em seu poder depois do sol posto (Êx 22.26, Dt 24.12,13), desta forma chegamos a conclusão lógica de que todos os dois usavam saias, hoje usa-se calças que se distinguem pelo modelo. A Bíblia afirma em Gn 1.27 que Deus criou a humanidade macho e fêmea. Com isto, sabemos que foi o próprio Deus que fez questão da distinção entre homem e mulher. No entanto homens e mulheres decaídos adotaram o homossexualismo e o lesbianismo (Rm 1.25-28), e ainda, articularam a expressão “unissex”, utilizada em larga escala, especialmente com referência ao vestuário, em uma afronta direta a criação divina e a ordenança bíblica.

Assim, de acordo com a Bíblia as mulheres não devem adotar os atavios de um varão e os homens não devem vestir-se como mulheres. Devemos, portanto, respeitar os símbolos das diferenças entre os sexos e, apesar desses símbolos variarem com a passagem do tempo e de cultura para cultura, permanece de pé o princípio da distinção entre os sexos, inclusive na forma de homens e mulheres se vestirem.

CUIDADOS DISPENSADOS AO CABELO

1 Co 11.14,15 - “Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o varão ter cabelo crescido? Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu”

Havia na época de Paulo, um consenso universal acerca do que a natureza ensina quanto aos cabelos de homens e mulheres. Assim, competia e compete ao cristianismo respeitar a natureza, e não desconsiderá-la. Nos dias de Paulo, as prostitutas se davam a conhecer usando cabelos curtos. Elas faziam o que era contrário à natureza a fim de atrair os homens a afagos que também são contrários à natureza, e o apóstolo dos gentios não desejava que as mulheres crentes imitassem as prostitutas.

Por outro lado, os cabelos longos de uma mulher simbolizam a sua posição de subordinação ao homem, bem como a sua posição na hierarquia divina de poderes ('sinal de poderio, por causa dos anjos' vv. 10). Assim sendo, constitui-se um ato de rebeldia e insubmissão uma mulher desfazer-se de seu véu natural, isto é, cortar os seus cabelos.

A mesma orientação é extensiva aos homens. Assim como a natureza ensina as mulheres a manterem os cabelos longos, aos homens a natureza ensina a usarem seus cabelos curtos como sinal de autoridade. Algumas vezes o uso do cabelo comprido pelos homens estava associado a homossexualidade, e também era comum a cabeleira em filósofos e bárbaros. Porém, os homens hebreus usualmente andavam bem penteados e cortavam o cabelo quase como cortam hoje os ocidentais. Para mantê-los aparados usavam um tipo primitivo de tesoura (2 Sm 14.26) e outras vezes usavam navalhas (Nm 6.5).

Então, qual deve ser o comprimento? O termo grego – “phusis” é traduzido como "a própria natureza", ou seja, a natureza se encarrega disto de acordo com o biótipo de cada pessoa. Assim este princípio é determinado pela própria natureza e não pela intervenção humana, isto é, cabelos longos para as mulheres como sinal de submissão e cabelos curtos para os homens como sinal de autoridade.

Há controvérsias sobre a questão dos cabelos compridos, pois havia homens de Deus que tinham cabelos longos e outros que rasparam a cabeça como o apostolo  Paulo devido ao voto que fizeram.

Sansão "Ilustre"

 

 

           Filho de Manoá, da tribo de Dã. Na fronteira da Filístia, antes de nascer foi designado por Deus para salvar os filisteus. Deus dotou-o de força sobre humana e, sob a influência divina, suas proezas foram admiráveis. É o último juiz mencionado no livro. Logo depois veio a organização do reino. Sansão, famoso por sua força sobre-humana, governou Israel por vinte anos. Freqüentemente Sansão tentou libertar sozinho os israelitas do domínio de quarenta Anos dos Filisteus. Como nazireu, dedicando a Deus, Sansão nunca cortou o cabelo. Sua derrocada, que veio a ser fatal, foi a atração que tinha pelas mulheres. Ele revelou a Dalila que o segredo de sua força residia em seus cabelos longos. Enquanto ele dormia. Dalila fez que os cabelos dele fossem cortados. Filisteus, escondidos no quarto dela, agarraram-no e cegaram-no, fazendo-o seu prisioneiro. À medida que seu cabelo crescia, a força de Sansão retornava. Um dia, quando estava no templo filisteu, ele derrubou as duas colunas mestras. O prédio veio abaixo, matando Sansão e todos os principais governantes e guerreiros filisteus.

           Característica
• Juiz em Israel (Jz 16)
• Herói da Fé (Hb 11.32,33)

Juízes capítulos 13-16; Hebreus 11:32

AFASTAR-SE DA APARÊNCIA DO MAL

1 Ts 5.22 - Abstende-vos de toda aparência do mal.

A expressão “abstendo-vos” é tradução do termo grego - “apecho”, que significa “estar distante de” ou “manter-se afastado do”.

O restante do versículo no original grego é - “pantos eidus poneru” e significa toda e qualquer forma, aparência ou tipo de mal. Ou seja, o princípio desta orientação é, manter-se distante de tudo aquilo que possa contaminar. Sabemos que o mal se apresenta de muitas formas e existem inúmeros desvios pelos quais podemos nos afastar do bem e praticar o erro. Portanto, devemos literalmente fugir de tudo aquilo que nos possa furtar a dignidade e a comunhão com Deus. Somente uma conduta de elevada estatura espiritual sob o poder de Deus poderá nos livrar do fracasso espiritual e ministerial. (Ler 1 Co 8).

EXERCITAR O DOMÍNIO PRÓPRIO

1 Cor 6.12- Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.

Temos neste texto três grandes lições que passamos a discorrer:

Primeiro - “Todas as coisas me são lícitas”, isto é, “estão em meu poder de serem praticadas”. Posso fazer aquilo que eu bem entender com a minha liberdade. Porém, não podemos esquecer que por todas as ações praticadas, Deus nós trará a juízo. (Ec 11.9).

Segundo - “Nem todas as coisas me são convenientes”, nem na área pessoal, social ou ministerial. Em outras palavras, devo ter cuidado com as minhas ações, para que não venha a prejudicar a vida de outros e também não blasfemar o nome de Cristo (Rm 14.1-6; 1Co 7.35; 10.23; 12.7). Aqui a expressão “convém” é tradução do grego – “simphéro” que também significa: nem todas as coisas “são úteis” ou nem todas as coisas “são dignas”. O argumento de Paulo é de que nem tudo aquilo que é legal ou permitido está revestido de moralidade.

Terceiro - o termo grego  - “echusiasthésomai” (futuro passivo de “echusiádzo")  utilizado por Paulo em sua epístola tem o significado de: “colocar sob o poder de alguém” ou “colocar sob a autoridade de alguém”. Ou seja, Paulo ensina que ao nos colocarmos sob o poder do erro, quer seja de vontades, sentimentos ou desejos não convenientes, tornamo-nos outra vez escravos do pecado. Porém, se submetermos nossa vontade ao Senhorio de Cristo, não seremos dominados pela inconveniência, ao contrário, teremos domínio sobre ela. E todos sabemos que o domínio próprio é um dos princípios espirituais que envolvem o fruto do Espírito Santo. (Gl 5.22)

CONCLUSÃO

A Bíblia não ensina o descuido com a nossa apresentação pessoal, quer seja em relação ao nosso vestuário ou os nossos cabelos e nem mesmo proíbe o uso de roupas de boa qualidade e nem ainda condena o asseio pessoal e a higiene. Ao contrário, o cristão deve ser exemplo em tudo, inclusive sob este aspecto, se cuidamos de nossas casas e carros  utensílios matérias como não cuidar do templo onde o espírito santo de Deus habita .

A advertência bíblica é contra a ostentação, desobediência, despudor, vaidades, extravagância, insubmissão, rebeldia e formas de idolatria, procedimentos estes que ferem os princípios bíblicos doutrinais e espirituais determinados nas Escrituras e quebram a comunhão do homem com Deus.

 “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.Vigiai juntamente e não pequeis; porque alguns ainda não tem conhecimento de Deus: digo-o para vergonha vossa” 1 Co 15.33-34

Falsos Mestres

"Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos”(Mc 13.22)

Descrição

    O crente da atualidade precisa estar informado de que pode haver, nas igrejas, diversos obreiros corrompidos e distanciados da verdade, como os mestres da lei de Deus, nos dias de Jesus (Mt 24.11,24). Jesus adverte, aqui, que nem toda pessoa que professa a Cristo é um crente verdadeiro e que, hoje, nem todo escritor evangélico, missionário, pastor, evangelista, professor, diácono e outros obreiros são aquilo que dizem ser.

(1) Esses obreiros “exteriormente pareceis justos aos homens”(Mt 23.28). Aparecem “vestidos como ovelhas”(Mt 7.15). Podem até ter uma mensagem firmemente baseada na Palavra de Deus e expor altos padrões de retidão. Podem parecer sinceramente empenhados na obra de Deus e no seu reino, demonstrar grande interesse pela salvação dos perdidos e professar amor a todas as pessoas.

    Parecerão ser grandes ministros de Deus, líderes espirituais de renome, ungidos pelo Espírito Santo. Poderão realizar milagres, ter grande sucesso e multidões de seguidores (Mt 7.21-23; 24.11,24; 2Co 11.13-15).

(2) Todavia, esses homens são semelhantes aos falsos profetas dos tempos antigos (Dt 13.3; 1Rs 18.40; Ne 6.12; Jr 14.14; Os 4.15), e aos fariseus do NT.

    Longe das multidões, na sua vida em particular, os fariseus entregavam-se à “rapina e de iniqüidade”(Mt 23.25), “cheios de ossos de mortos e de toda imundícia”(Mt 23.27), “cheios de hipocrisia e de iniqüidade”(Mt 23.28). Sua vida na intimidade é marcada por cobiça carnal, imoralidade, adultério, ganância e satisfação dos seus desejos egoístas.

(3) De duas maneiras, esses impostores conseguem uma posição de influência na igreja. (a) Alguns falsos mestres e pregadores iniciam seu ministério com sinceridade, veracidade, pureza e genuína fé em Cristo. Mais tarde, por causa do seu orgulho e desejos imorais, sua dedicação pessoal e amor a Cristo desaparecem lentamente. Em decorrência disso, apartam-se do reino de Deus (1Co 6.9,10; Gl 5.19-21; Ef 5.5,6) e se tornam instrumentos de Satanás, disfarçados em ministros da justiça (2Co 11.15). (b) Outros falsos mestres e pregadores nunca foram crentes verdadeiros. A serviço de Satanás, eles estão na igreja desde o início de suas atividades (Mt 13.24-28,36-43).

    Satanás tira partido da sua habilidade e influência e promove o seu sucesso. A estratégia do inimigo é colocá-los em posições de influência para minarem a autêntica obra de Cristo. Se forem descobertos ou desmascarados, Satanás sabe que grandes danos ao evangelho advirão disso e que o nome de Cristo será menosprezado publicamente.

A prova

    Quatorze vezes nos Evangelhos, Jesus advertiu os discípulos a se precaverem dos líderes enganadores que almejam a glória para si própria querendo ser a evidência da igreja enganando as pessoas e prometendo coisas arrancando dinheiro e destruindo lares com promessas enganosas de cura e prosperidade (Mt 7.15; 16.6,11; 24.4,24; Mc 4.24; 8.15; 12.38-40; 13.5; Lc 12.1; 17.23; 20.46; 21.8). Noutros lugares, o crente é exortado a pôr à prova mestres, pregadores e dirigentes da igreja (1Ts 5.21; 1 Jo 4.1). Seguem-se os passos para testar falsos mestres ou falsos profetas:

(1) Discernir o caráter da pessoa. Ela tem uma vida de oração perseverante e manifesta uma devoção sincera e pura a Deus? Manifesta o fruto do Espírito (Gl 5.22,23), ama os pecadores (Jo 3.16), detesta o mal e ama a justiça (Hb 1.9 nota) e fala contra o pecado (Mt 23; Lc 3.18-20)?

(2) Discernir os motivos da pessoa. O líder cristão verdadeiro procurará fazer quatro coisas: (a) honrar a Cristo (2Co 8.23; Fp 1.20); (b) conduzir a igreja à santificação (At 26.18; 1Co 6.18; 2Co 6.16-18); (c) salvar os perdidos (1Co 9.19-22); e (d) proclamar e defender o evangelho de Cristo e dos seus apóstolos (Fp 1.16; Jd 3).

(3) Observar os frutos da vida e da mensagem da pessoa. Os frutos dos falsos pregadores comumente consistem em seguidores que não obedecem a toda a Palavra de Deus (Mt 7.16).

(4) Discernir até que ponto a pessoa se baseia nas Escrituras. Este é um ponto fundamental.

    Ela crê e ensina que os escritos originais do AT e do NT são plenamente inspirados por Deus, e que devemos observar todos os seus ensinos (2Jo 9-11)? Caso contrário, podemos estar certos de que tal pessoa e sua mensagem não provêm de Deus.

(5) Finalmente, verifique a integridade da pessoa quanto ao dinheiro do Senhor. Ela recusa grandes somas para si mesma, administra todos os assuntos financeiros com integridade e responsabilidade, e procura realizar a obra de Deus conforme os padrões do NT para obreiros cristãos? (1Tm 3.3; 6.9,10).

    Apesar de tudo que o crente fiel venha a fazer para avaliar a vida e o trabalho de tais pessoas, não deixará de haver falsos mestres nas igrejas, os quais, com a ajuda de Satanás, ocultam-se até que Deus os desmascare e revele aquilo que realmente são.

O Arrebatamento da Igreja

"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”(1Ts 4.16,17)

    O termo “arrebatamento”deriva da palavra raptus em latim, que significa “arrebatado rapidamente e com força”. O termo latino raptus equivale a harpazo em grego, traduzido por “arrebatado”em 4.17. Esse evento, descrito aqui e em 1Co 15, refere-se à ocasião em que a igreja do Senhor será arrebatada da terra para encontrar-se com Ele nos ares. O arrebatamento abrange apenas os salvos em Cristo.

(1) Instantes antes do arrebatamento, ao descer Cristo do céu para buscar a sua igreja, ocorrerá a ressurreição dos “que morreram em Cristo”(4.16). Não se trata da mesma ressurreição referida em Ap 20.4, a qual somente ocorrerá depois de Cristo voltar à terra, julgar os ímpios e prender Satanás (Ap 19.11—20.3). A ressurreição de Ap 20.4 tem a ver com os mártires da tribulação e possivelmente com os santos do AT (Ap 20.6).

(2) Ao mesmo tempo em que ocorre a ressurreição dos mortos em Cristo, os crentes vivos serão transformados; seus corpos se revestirão de imortalidade (1Co 15.51,53). Isso acontecerá num instante, “num abrir e fechar de olhos”(1Co 15.52).

(3) Tanto os crentes ressurretos como os que acabaram de ser transformados serão “arrebatados juntamente”(4.17) para encontrar-se com Cristo nos ares, ou seja: na atmosfera entre a terra e o céu.

(4) Estarão literalmente unidos com Cristo (4.16,17), levados à casa do Pai, no céu (Jo 14.2,3), e reunidos aos queridos que tinham morrido (4.13-18).

(5) Estarão livres de todas as aflições (2Co 5.2,4; Fp 3.21), de toda perseguição e opressão (Ap 3.10), de todo domínio do pecado e da morte (1Co 15.51-56); o arrebatamento os livra da “ira futura”(1.10; 5.9), ou seja: da grande tribulação.

(6) A esperança de que nosso Salvador logo voltará para nos tirar do mundo, a fim de estarmos “sempre com o Senhor”(4.17), é a bem-aventurada esperança de todos os redimidos (Tt 2.13). É fonte principal de consolo para os crentes que sofrem (4.17,18; 5.10).

(7) Paulo emprega o pronome “nós”em 4.17 por saber que a volta do Senhor poderia acontecer naquele período, e comunica aos tessalonicenses essa mesma esperança. A Bíblia insiste que anelemos e esperemos contínua e confiadamente volta do nosso Senhor (cf. Rm 13.11; 1Co 15.51,52; Ap 22.12,20).

(8) Quem está na igreja, mas não abandona o pecado e o mal, sendo assim infiel a Cristo, será deixado aqui, no arrebatamento (Mt 25.1; Lc 12.45). Os tais ficarão neste mundo e farão parte da igreja apóstata (Ap 17.1), sujeitos à ira de Deus.

(9) Depois do arrebatamento, virá o Dia do Senhor, um tempo de sofrimento e ira sobre os ímpios (5.2-10; ver 5.2). Seguir-se-á a segunda fase da vinda de Cristo, quando, então, Ele virá para julgar os ímpios e reinar sobre a terra (Mt 24.42,44).

A Cura Divina

"E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou a todos os que estavam enfermos, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças”(Mt 8.16,17)

 A provisão redentora de Deus

(1) O problema das enfermidades e das doenças está fortemente vinculado ao problema do pecado e da morte, i.e., às conseqüências da queda. Enquanto a ciência médica considera as causas das enfermidades e das doenças em termos psicológicos ou psicossomáticos, a Bíblia apresenta as causas espirituais como sendo o problema subjacente ou fundamental desses males. Essas causas são de dois tipos: (a) O pecado, que afetou a constituição física e espiritual do homem (Jo 5.5,14), e (b) Satanás (At 10.38; cf.Mc 9.17, 20.25; Lc 13.11; At 19.11,12).

(2) A provisão de Deus através da redenção é tão abrangente quanto às conseqüências da queda. Para o pecado, Deus provê o perdão; para a morte, Deus provê a vida eterna, e a vida ressurreta; e para a enfermidade, Deus provê a cura (cf. Sl 103.1-5; Lc 4.18; 5.17-26; Tg 5.14,15). Daí, durante a sua vida terrestre, Jesus ter tido um tríplice ministério: ensinar a Palavra de Deus, pregar o arrependimento (o problema do pecado) e as bênçãos do reino de Deus (a vida) e curar todo tipo de moléstia, doença e enfermidade entre o povo (4.23,24).

  A revelação da vontade de Deus sobre a cura

    A vontade de Deus no tocante à cura divina é revelada de quatro maneiras principais nas Escrituras.

(1) A declaração do próprio Deus. Em Êx 15.26 Deus prometeu saúde e cura ao seu povo, se este permanecesse fiel ao seu concerto e aos seus mandamentos. Sua declaração abrange dois aspectos: (a) “Nenhuma das enfermidades porei sobre ti [como julgamento], que pus sobre o Egito”; e (b) “Eu sou o SENHOR, que te sara [como Redentor]”. Deus continuou sendo o Médico dos médicos do seu povo, no decurso do AT, sempre que os seus sinceramente se dedicavam a buscar a sua face e obedecer à sua Palavra (cf. 2Rs 20.5; Sl 103.3).

(2) O ministério de Jesus. Jesus, como o Filho encarnado de Deus, era a exata manifestação da natureza e do caráter de Deus (Hb 1.3; cf. Cl 1.15; 2.9). Jesus, no seu ministério terreno (4.23,24; 8.14-16; 9.35; 15.28; Mc 1.32-34,40,41; Lc 4.40; At 10.38), revelava a vontade de Deus na prática (Jo 6.38; 14.10), e demonstrou que está no coração, na natureza e no propósito de Deus curar todos os que estão enfermos e oprimidos pelo diabo.

(3) A provisão da expiação de Cristo. (Is 53.4,5; Mt 8.16,17; 1Pe 2.24). A morte expiatória de Cristo foi um ato perfeito e suficiente para a redenção do ser humano total —espírito, alma e corpo. Assim como o pecado e a enfermidade são os gigantes gêmeos, destinados por Satanás para destruir o ser humano, assim também o perdão e a cura divina vêm juntos como bênçãos irmanadas, destinadas por Deus para nos redimir e nos dar saúde (cf. Sl 103.3; Tg 5.14-16). O crente deve prosseguir com humildade e fé e apropriar-se da plena provisão da expiação de Cristo, inclusive a cura do corpo.

(4) O ministério contínuo da igreja. Jesus comissionou seus doze discípulos para curar os enfermos, como parte da sua proclamação do reino de Deus (Lc 9.1,2,6). Posteriormente, Ele comissionou setenta discípulos para fazerem a mesma coisa (Lc 10.1, 8,9, 19). Depois do dia de Pentecoste o ministério de cura divina que Jesus iniciara teve prosseguimento através da igreja primitiva como parte da sua pregação do evangelho (At 3.1-10; 4.30; 5.16; 8.7; 9.34; 14.8-10; 19.11,12; cf. Mc 16.18; 1Co 12.9,28,30; Tg 5.14-16). O NT registra três maneiras como o poder de Deus e a fé se manifestam através da igreja para curar: (a) a imposição de mãos (Mc 16.15-18; At 9.17); (b) a confissão de pecados conhecidos, seguida da unção do enfermo com óleo pelos presbíteros (Tg 5.14-16); e (c) os dons espirituais de curar concedidos à igreja (1Co 12.9). Note que são os presbíteros da igreja que devem cuidar desta “oração da fé”.

 Impedimentos à cura

    Às vezes há, na própria pessoa, impedimentos à cura divina, como: (1) pecado não confessado (Tg 5.16); (2) opressão ou domínio demoníaco (Lc 13.11-13); (3) medo ou ansiedade aguda (Pv 3.5-8; Fp 4.6,7); (4) insucessos no passado que debilitam a fé hoje (Mc 5.26; Jo 5.5-7); (5) o povo (Mc 10.48); (6) ensino antibíblico (Mc 3.1-5; 7.13); (7) negligência dos presbíteros no que concerne à oração da fé (Mc 11.22-24; Tg 5.14-16); (8) descuido da igreja em buscar e receber os dons de operação de milagres e de curas, segundo a provisão divina (At 4.29,30; 6.8; 8.5,6; 1Co 12.9,10,29-31; Hb 2.3,4); (9) incredulidade (Mc 6.3-6; 9.19, 23,24); e (10) irreverência com as coisas santas do Senhor (1Co 11.29,30). Casos há em que não está esclarecida a razão da persistência da doença física em crentes dedicados (Gl 4.13,14; 1Tm 5.23; 2Tm 4.20). Noutros casos, Deus resolve levar seus amados santos ao céu, durante uma enfermidade (cf. 2Rs 13.14,20).

 O que devemos fazer quando em busca da cura

    O que deve fazer o crente quando ora pela cura divina para si?

(1) Ter a certeza de que está em plena comunhão com Deus e com o próximo (Mt 6.33; 1Co 11.27-30; Tg 5.16; ver Jo 15.7). (2) Buscar a presença de Jesus na sua vida, pois é Ele quem comunica ao coração do crente a necessária fé para a cura (Rm 12.3; 1Co 12.9; Fp 2.13; ver Mt 17.20). (3) Encher sua mente e coração da Palavra de Deus (Jo 15.7; Rm 10.17). (4) Se a cura não ocorre, continuar e permanecer nele (Jo 15.1-7), examinando ao mesmo tempo sua vida, para ver que mudanças Deus quer efetuar na sua pessoa. (5) Pedir as orações dos presbíteros da igreja, bem como dos familiares e amigos (Tg 5.14-16). (6) Assistir a cultos em que há alguém com um autêntico e aprovado ministério de cura divina (cf. At 5.15,16; 8.5-7). (7) Ficar na expectativa de um milagre, i. e., confiar no poder de Cristo (7.8; 19.26). (8) Regozijar-se caso a cura ocorra na hora, e ao mesmo tempo manter-se alegre, se ela não ocorrer de imediato (Fp 4.4,11-13). (9) Saber que a demora de Deus em atender as orações não é uma recusa Dele às nossas petições. Às vezes, Deus tem em ente um propósito maior, que ao cumprir-se, resulta em sua maior glória (cf. Jo 9.13; 11.4, 14,15,45; 2Co 12.7-10) e em bem para nós (Rm 8.28). (10) Reconhecer que, tratando-se de um crente dedicado, Deus nunca o abandonará, nem o esquecerá. Ele nos ama tanto que nos tem gravado na palma das suas mãos (Is 49.15,16).

    Nota: A Bíblia reconhece o uso apropriado dos recursos médicos (9.12; Luc 10.34; Cl 4.14).

"E José ordenou aos seus servos, os médicos, que embalsamassem a seu pai; e os médicos embalsamaram a Israel." (Gênesis 50: 2)

 

"E Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos;" (Lucas 5: 31)

 

"Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas." (Colossenses 4: 14)

 

Não podemos nos esquecer do caso da mulher do fluxo de sangue que nos mostra que quando acaba o recurso da medicina entra em pratica a fé e o sobrenatural de nosso Deus

 

"E uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada," (Lucas 8: 43)

Forças malignas

Reconhecemos por se tratar de algo espiritual, não se atribui nomes sendo o nome do diabo, lúcifer pelas escrituras sagradas e seus aliados legião de demônios atribuídos por cristo no episódio do gadareno na ilha de Gadará, outros nomes são atribuídos de forma a valorizar a cultura e adoração satânica invocá-los é evidenciar e tirar o foco da figura do causador de todo transtorno espiritual, sendo a luta travada na terra de ordem espiritual por isso a necessidade da repreensão com a conscientização e o fortalecimento através do ensinamento espiritual. (Luc 8:2, At. 19:12, At. 19:13,  Mc. 5: 9,15, Luc. 8:30).

"E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele." (Apocalipse 12: 9)

 

"Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!"  (Isaías 14 : 12)

 

"Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." (Efésios 6: 12)

 

Dízimos, Ofertas e a Administração do Nosso Dinheiro

"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha à maior abastança” (Ml 3.10)

Definição de dízimos e ofertas

    A palavra hebraica para “dízimo” (ma’aser) significa literalmente “a décima parte”.

(1) Na Lei de Deus, os israelitas tinham a obrigação de entregar a décima parte das crias dos animais domésticos, dos produtos da terra e de outras rendas como reconhecimento e gratidão pelas bênçãos divinas (ver Lv 27.30-32; Nm 18.21,26; Dt 14.22-29). O dízimo era usado primariamente para cobrir as despesas do culto e o sustento dos sacerdotes. Deus considerava o seu povo responsável pelo manejo dos recursos que Ele lhes dera na terra prometida (Mt 25.15; Lc 19.13).

(2) No âmago do dízimo, achava-se a idéia de que Deus é o dono de tudo (Êx 19.5; Sl 24.1; 50.10-12; Ag 2.8). Os seres humanos foram criados por Ele, e a Ele devem o fôlego de vida (Gn 1.26,27; At 17.28). Sendo assim, ninguém possui nada que não haja recebido originalmente do Senhor (Jó 1.21; Jo 3.27; 1Co 4.7). Nas leis sobre o dízimo, Deus estava simplesmente ordenando que os seus lhe devolvessem parte daquilo que Ele já lhes tinha dado.

(3) Além dos dízimos, os israelitas eram instruídos a trazer numerosas oferendas ao Senhor, principalmente na forma de sacrifícios. Levítico escreve várias oferendas rituais: o holocausto (Lv 1; 6.8-13), a oferta de manjares (Lv 2; 6.14-23), a oferta pacífica (Lv 3; 7.11-21), a oferta pelo pecado (Lv 4.1—5.13; 6.24-30), e a oferta pela culpa (Lv 5.14—6.7; 7.1-10).

(4) Além das ofertas prescritas, os israelitas podiam apresentar outras ofertas voluntárias ao Senhor. Algumas destas eram repetidas em tempos determinados (ver Lv 22.18-23; Nm 15.3; Dt 12.6,17), ao passo que outras eram ocasionais. Quando, por exemplo, os israelitas empreenderam a construção do Tabernáculo no monte Sinai, trouxeram liberalmente suas oferendas para a fabricação da tenda e de seus móveis (ver Êx 35.20-29). Ficaram tão entusiasmados com o empreendimento, que Moisés teve de ordenar-lhes que cessassem as oferendas (Êx 36.3-7). Nos tempos de Joás, o sumo sacerdote Joiada fez um cofre para os israelitas lançarem as ofertas voluntárias a fim de custear os consertos do templo, e todos contribuíram com generosidade (2Rs 12.9,10). Semelhantemente, nos tempos de Ezequias, o povo contribuiu generosamente às obras da reconstrução do templo (2Cr 31.5-19).

(5) Houve ocasiões na história do AT em que o povo de Deus reteve egoisticamente o dinheiro, não repassando os dízimos e ofertas regulares ao Senhor. Durante a reconstrução do segundo templo, os judeus pareciam mais interessados na construção de suas propriedades, por causa dos lucros imediatos que lhes trariam, do que nos reparos da Casa de Deus que se achava em ruínas. Por causa disto, alertou-lhes Ageu, muitos deles estavam sofrendo reveses financeiros (Ag 1.3-6). Coisa semelhante acontecia nos tempos do profeta Malaquias e, mais uma vez, Deus castigou seu povo por se recusar a trazer-lhe o dízimo (Ml 3.9-12).

 A administração do dinheiro

    Os exemplos dos dízimos e ofertas no AT contêm princípios importantes a respeito da mordomia do dinheiro, que são válidos para os crentes do NT.

(1) Devemos lembrar-nos que tudo quanto possuímos pertence a Deus, de modo que aquilo que temos não é nosso: é algo que nos confiou aos cuidados. Não temos nenhum domínio sobre as nossas posses.

(2) Devemos decidir, pois, de todo o coração, servir a Deus, e não ao dinheiro (Mt 6.19-24; 2Co 8.5). A Bíblia deixa claro que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3.5).

(3) Nossas contribuições devem ser para a promoção do reino de Deus, especialmente para a obra da igreja local e a disseminação do evangelho pelo mundo (1Co 9.4-14; Fp 4.15-18; 1Tm 5.17,18), para ajudar aos necessitados (Pv 19.17; Gl 2.10; 2Co 8.14; 9.2), para acumular tesouros no céu (Mt 6.20; Lc 6.32-35) e para aprender a temer ao Senhor (Dt 14.22,23).

(4) Nossas contribuições devem ser proporcionais à nossa renda. No AT, o dízimo era calculado em uma décima parte. Dar menos que isto era desobediência a Deus. Aliás, equivalia a roubá-lo (Ml 3.8-10). Semelhantemente, o NT requer que as nossas contribuições sejam proporcionais àquilo que Deus nos tem dado (1Co 16.2; 2Co 8.3,12; 2Co 8.2).

(5) Nossas contribuições devem ser voluntárias e generosas, pois assim é ensinado tanto no AT (Êx 25.1,2; 2Cr 24.8-11) quanto no NT (2Co 8.1-5,11,12). Não devemos hesitar em contribuir de modo sacrificial (2Co 8:3), pois foi com tal espírito que o Senhor Jesus entregou-se por nós (ver 2Co 8.9). Para Deus, o sacrifício envolvido é muito mais importante do que o valor monetário da dádiva (ver Lc 21.1-4).

(6) Nossas contribuições devem ser dadas com alegria (2Co 9.7). Tanto o exemplo dos israelitas no AT (Êx 35.21-29; 2Cr 24.10) quanto o dos cristãos macedônios do NT (2Co 8.1-5) servem-nos de modelos.

(7) Deus tem prometido recompensar-nos de conformidade com o que lhe temos dado (ver Dt 15.4; Ml 3.10-12; Mt 19.21; 1Tm 6.19; 2Co 9.6).

 
 

 

Bibliografia

“Fontes diversas extraídas da internet,

“Produções do Pastor Fábio Gardioli

“E documentos da Assembléia de Deus”.

Este regimento foi registrado junto com a ata de fundação da igreja.